Campo Maior

“Aqui, o campo é maior”

De acordo com a lenda, a vila foi fundada por vários chefes de família, dispersos pelos campos em redor e que resolveram agrupar-se, para maior proteção. Chegando ao local onde hoje fica a vila disse um deles: “Aqui, o campo é maior” e lá se fixaram.

Pelos vestígios encontrados na zona, aquele local foi habitado desde a pré-história, tendo sido também ocupada pelos Romanos e Mouros até que foi conquistada por cavaleiros cristãos, de Badajoz, em 1219. Posteriormente, estes cavaleiros ofereceram a aldeia, então parte do Concelho de Badajoz, à Igreja de Santa Maria do Castelo. Em 31 de maio de 1255 é elevada a vila por D. Afonso X, rei de Leão.

Em 1260, o Bispo D. Frei Pedro Pérez, Senhor da Vila, concede o primeiro foral aos seus habitantes, bem como um brasão de armas constituído pelas imagens de N.ª Sr.ª com um cordeiro e a legenda Sigillum Capituli Pacensis

Em 31 de maio de 1297, através do Tratado de Paz de Alcanices assinado em Castela por D. Fernando IV, rei de Leão e Castela e D. Dinis, passa a fazer parte de Portugal, juntamente com Olivença e Ouguela.

  • Onde?

    CAMPO MAIOR – PORTALEGRE
    De acordo com a lenda, a vila foi fundada por vários chefes de família, dispersos pelos campos em redor e que resolveram agrupar-se, para maior proteção. Chegando ao local onde hoje fica a vila disse um deles: _ “Aqui o campo é maior” e lá se fixaram.

  • Património a descobrir

    CAMPO MAIOR
    - Castelo - foi construído no Séc. XIII, após a conquista definitiva aos mouros, pelos leoneses. Teve obras de ampliação e reabilitação nos Séc. XV e XVI, por ordem dos reis D. João II e D. Manuel, segundo a traça de Duarte d’Armas. Nos Séc. XVII e XVIII teve obras de adaptação do castelo e cerca urbana às novas armas de fogo, construção de armazéns militares, cavalariças e quartéis. Em 1732 teve lugar uma brutal explosão no paiol do Castelo que provocou a destruição do mesmo e da cerca da vila velha, que foi completamente arrasada, bem como muitas habitações para além da cerca medieval.
    - Igreja Matriz – data dos Séc. XVI, tendo tido intervenções nos Séc. XVII e XVIII. Cadeiral do Altar mor, telas e pintura do altar do Santíssimo Sacramento, foram acrescentados no Séc. XVIII.
    - Capela dos Ossos – foi construída no Séc. XVIII, após a explosão do paiol do Castelo, aproveitando as ossadas das vítimas, cerca de 800.
    - Igreja de S. João Baptista – o templo primitivo foi construído no Séc. XVI e destruído pela explosão do paiol do castelo, no Séc. XVIII. Foi depois reconstruída, tendo os trabalhos findado em 1747. Já no Séc. XIX foi edificada a Capela de Nª Srª do Carmo, adossada à fachada esquerda.
    - Pelourinho de Campo Maior, MN, data do Séc. XVII
    - Museu de Arte Sacra – é propriedade da Fábrica da Igreja da Freguesia de S. João Baptista e encontra-se instalada na Capela de Nossa Srª do Carmo, no Centro Histórico de Campo Maior, mostrando peças de pintura, mobiliário, ourivesaria, recolhidas em várias igrejas do Concelho, entre os Séc. XVI e XX.
    - Capela de Nª Srª do Carmo, Séc. XIX, foi mandada erigir pelo Padre José Coelho Pereira, na Rua de S. João Baptista, no centro Histórico. É barroca e foi custeada pelas esmolas do povo.

    SÃO PEDRO
    - Ermida de S. Pedro – localizada em S. Pedro, na estrada que conduz a Ouguela, é uma ermida simples, de arquitetura pobre, conservando ainda alguns elementos, nomeadamente uma pintura do padroeiro.

    OUGUELA – FREGUESIA DE S. JOÃO BAPTISTA
    - Castelo de Ouguela – chegou a ser vila. A origem, da vila como do castelo, é remota situando-se num povoado proto-histórico, depois ocupado por romanos, visigodos e mouros.
    Teve a vila, no decorrer destas ocupações, nomes diferentes como Budua (romanos) e Niguela (visigodos). Passou para o domínio português por alturas do tratado de Alcañices (1297) que estabeleceu as fronteiras.
    O castelo foi reedificado nos reinados de D. Dinis, D. Fernando, e D. João I. No Séc. XVI recebe influência pela mão de Duarte d’Armas, tendo sido alterado ainda depois de 1640, com a Restauração da Independência. Foi ainda melhorado, mediante obras de conservação, durante o Séc. XX e apresenta agora uma planta hexagonal irregular, com muralhas de xisto e granito.
    - Santuário de Nossa Senhora de Enxara – fica a Norte de Campo Maior, junto ao Rio Xévora e à povoação de Ouguela. As peregrinações e festividades mais concorridas são as da Semana Santa. Na 5ª Feira Santa a imagem de Nª Srª da Enxara é levada em procissão da Igreja de Ouguela para o seu Santuário, regressando na 2ª feira a seguir à Páscoa àquela Igreja.

    Conta a Lenda que, estando certo dia uma mulher a lavar no rio, a filha que com ela estava se afastou, regressando com um brinco de ouro. Disse à mãe que lhe tinha sido dado por uma senhora muito bonita. Depois de procurarem, encontraram a imagem da Santa, sobre uma pedra redonda. A população, depois de saber do acontecimento, acorreu ao local e resolveu transportar a imagem para a vila, decidindo erigir uma capela, a meio caminho, entre a vila e a pedra. A imagem foi levada para essa capela mas, todos os dias, ela voltava a aparecer em cima da pedra onde tinha sido encontrada. Como tal, foi decidido erguer uma capela no local, onde a imagem tinha sido encontrada, para onde a mesma foi transportada bem como a pedra…

    ARRONCHES
    - Igreja Matriz – é dedicada a Nª Srª da Assunção e fica próximo dos Paços do Concelho e da   Igreja da Misericórdia. Data do Séc. XIII, de traça gótica, a fachada teve de ser reconstruída após o terramoto de 1755.
    - Igreja da Misericórdia – era a Capela da Santa Casa da Misericórdia, edifício simples que data do Séc. XVI
    - Igreja de Nª Srª da Luz – foi fundada no Séc. XVI por frades Agostinhos descalços e vendida a particulares, no Séc. XIX
    - Convento de Nª Srª da Luz - também no Séc. XVI foi ordenado ao Bispo de Portalegre que construísse um convento para a ordem dos Agostinhos Descalços, em Arronches

    MOSTEIROS – FREGUESIA DE ARRONCHES
    - Igreja de Nª Srª da Graça – na freguesia de Mosteiros – interessante pela sua beleza e simplicidade espetaculares

  • Feiras, Festas e Romarias

    A proposta, para complementar a visita a Campo Maior, seja ou não ano da famosa Festa das Flores, é a visita do:

    - Lagar – Museu do Palácio Visconde d’Olivã, recentemente inaugurado, em 2005.
    É inteiramente dedicado à cultura da oliveira, a mais importante do Concelho. Está instalado no antigo lagar de azeite do Palácio do Visconde d’Olivã, edifício de grande valor patrimonial e histórico, que tem vindo a ser recuperado pela Câmara Municipal.
    O Museu apresenta, no seu espaço único, várias áreas distintas, tais como o seu núcleo principal, a reconstituição de um lagar de azeite, mostrando todos os apetrechos e também todas as fases da produção do azeite, ainda com a preocupação de dar a conhecer ao público o cuidado a ter com o olival, nomeadamente a poda das oliveiras, muito importante para a qualidade da azeitona, a apanha da mesma e a sua transformação em azeite. Outra das áreas a visitar é a dedicada à etnografia. Tem ainda salas multimédia e de exposições temporárias.

  • Gastronomia

    Em Campo Maior, como em todo o Alentejo, temos comida deliciosa, não só pelos produtos usados como pelas maravilhosas ervas aromáticas que dão o toque especial às migas com entrecosto, às açordas, de bacalhau e outras, à carne de porco à alentejana, à sopa de cação, de tomate e muitas outras iguarias, algumas introduzidas pelo contacto com Espanha, ali ao lado… Não esqueçamos as belas azeitonas de Campo Maior. Também a doçaria é rica – sericaia com doce de ameixas, tosquiados, bolos amassados, nogados, tortilhas de amêndoa, grão e gila. Para terminar a refeição, o indispensável café, produto da indústria de torrefação local, maior empresa do Concelho.

  • Acessos e Distâncias
    LISBOA 225 km PORTO 388 km
    Aveiro 331 km Beja 424 km
    Braga 437 km Bragança 186 km
    Castelo Branco 142 km Coimbra 276 km
    Faro 326 km Guarda 234 km
    Leiria 217 km Portalegre 49 km
    Santarém 254 km Setúbal 191 km
    Viana do Castelo 457 km Vila Real 412 km
    Viseu 313 km    

     

     

  • Itinerários Possíveis

    Itinerário 1
    Visitar Campo Maior e o seu património e seguir para Ouguela e Santuário de Nº Srª da Enxara, sem esquecer de se inteirar da Lenda, sempre interessante.

    Total de km – 20,9 km

    Tempo de percurso – 31 minutos, só considerado o tempo de condução

    Estradas – todo o trajecto é feito por Estradas Nacionais e Municipais

    Itinerario1


    Itinerário 2
    O Património de Campo Maior, bem como a visita do Lagar-Museu tomarão algum tempo… depois do almoço, a fazer jus à cozinha alentejana, um saltinho a Arronches, para uma visita das suas igrejas, e não só….

    Total de km - 82, 1 km

    Tempo de percurso – 1 hora e 21 minutos, só considerado o tempo de condução.

    Estradas – todo o trajeto é feito por Estradas Nacionais.

    Itinerario2

     

  • Parceiros ACP

    PARCEIROS ACP
    Abaixo estão os links para todos os parceiros existentes no Distrito de Portalegre, a que Campo Maior pertence, e que oferecem descontos aos sócios, mediante a apresentação do cartão de sócio.

    Hotéis
     - Solares
    Turismo Rural

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