Estudo Condutor Português
24 sitivo). Só no caso dos estudantes é que essa perceção é ligeiramente superior, com uma pontuação de 3,4. É, no entanto, interessante verificar que a proximidade das paragens ou estações ao local de residência, de trabalho ou de estudo é considerada mais positi- vamente (com valores médios a variar entre os 3,5 a 4,2), enquanto que a quantidade de serviços de TC, medida pelo número de carreiras distintas que passam perto desses locais, também é pontuada de melhor forma (valores médios entre 3.0 e 3,8). Tal significa que a menor atratividade do TC não tem tanto a ver com a sua cobertura espacial, mas sim com a qualidade do serviço oferecido, onde a menor frequência e os transbordos são apontados como os aspetos mais negativos. 3. Parque automóvel O aspeto mais saliente é o facto de 90% dos inquiridos possuir pelo menos um veículo no seu agregado familiar e mais de 65% dos agregados familiares têm dois ou mais veículos. Uma média de 1,89 viaturas por agregado e uma taxa de motorização de 459 veículos por cada mil habitantes. Surpreendente é ainda o facto de o número de agregados familiares com quatro ou mais veículos já totalizar 11%, enquanto que os que possuem três veículos são 17%. As motos integram o parque motorizado de 8% dos agregados familiares. Cada carro em Portugal tem emmédia 9,3 anos e mais de 40% do parque temmais de 10 anos. Os automóveis ligeiros representam 70% do parque automóvel, os monovolumes e SUV registam 14%. Amaioria dos automóveis ligeiros são movidos a gasóleo (58%), os híbridos e elétricos 2%. No momento presente a vida útil do automóvel é prolongada o mais possível, o que é confirmado não só pelo elevado número médio de quilómetros acumulados por veículo (cerca de 111 mil km) e pelo facto de os automóveis com dez e mais anos ultrapassarem os 150 mil km, como também pelo número de revisões que são realizadas num ano: 67% fizeram uma revisão e 15% duas, sendo que os veículos com mais de 20 mil km realizados no ano fazem, em média, pelos menos 1,5 revisões. 4. Comportamento ao volante Amaioria dos condutores (57%) já foi mandada parar pelas brigadas de trânsito. A grande maioria dos inquiridos refere que não esteve envolvida, nem teve familiares ou amigos, envolvidos em acidentes rodoviários graves. 24% dos condutores afirma que a condução dos portugueses está melhor do que há dois anos, sobretudo devido ao maior rigor das leis e das autoridades. Mas 68% considera que está pior ou igual. O uso do telemóvel durante a condução revelou-se preocupante, enquanto fator de distração. 47% dos inquiridos admite falar ao telemóvel enquanto conduz, seja através do sistema mãos livres ou pegando mesmo no aparelho. Três em cada quatro condutores consideram mais se- guro usar o sistema de mãos livres para falar ao telemóvel enquanto conduzem; 70% refere que o veículo que conduz não possui o sistema de controlo de voz. 19% dos inquiridos já adormeceu ao volante, mesmo que momentaneamente. No que toca à formação para circular na via pública, 50% considera que os ciclistas estão mal preparados.
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