Parecer técnico ao projeto de Execução da Rede Viária e Espaço Público da Praça de Espanha l Lisboa
• No novo desenho viário para a Praça de Espanha, nota-se a criação de uma barreira física com cerca de 10 vias no eixo Avenida dos Combatentes l Av. António Augusto de Aguiar, com um efeito superior à atual barreira física causada pela 2ª Circular, a qual vai criar perturbações diretas nas ligações e atravessamentos pedonais na futura ligação ao Parque Urbano da Praça de Espanha, bem como um acréscimo nas velocidades praticadas; • Em todo o eixo Av. dos Combatentes l Av. António Augusto de Aguiar, está previsto um avolumar de importantes taxas de tráfego, com efeitos nefastos ao nível da poluição atmosférica e ruído, em virtude da retenção e demora no atravessamento dos novos cruzamentos propostos para este eixo; • Estranha-se a existência de duas contagens de tráfego separadas por um intervalo de dois anos (dezembro de 2015 e outubro de 2017) e respetivas projeções de fluxos, com reduções entre as duas, na ordem dos 70% em alguns pontos de rede; • Para cenários de tráfego gerados após execução da nova Praça de Espanha, temos o exemplo dos valores projetados para o troço entre a Av. de Berna e a Av. Santos Dumont no prolongamento da Av. António Augusto de Aguiar, onde nas projeções de 2015 se registavam 5.200 veículos na Hora de Ponta da Manhã (HPM) e nas contagens de tráfego de 2017 restam apenas 1763 Veículos (HPM), ficando por esclarecer para onde foram os restantes 3.437 veículos; • Desde 2015, o volume de tráfego nas entradas da cidade registou um aumento de 15 mil carros por dia, sendo, por isso, ainda mais bizarra estas estimativas; • Observaram-se ainda outras variações na leitura das contagens de tráfego, com impactos extensos nas previsões de tráfego finais: o Contagens de Tráfego de Dezembro de 2015: Entradas na Praça de Espanha l 9500 Veia HPM Entradas na Praça de Espanha l 8600 Veíc HPT o Contagens de Tráfego de Outubro de 2017:
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