"O ACP olha por nós na estrada e em casa”
As grandes viagens são momentos de evasão que João Catarino, sócio nº 94208, não dispensa mas que só ficam completos quando desenha o que lhe vai na alma.
Qual foi o seu primeiro carro?
Um Carocha de 1954.
Durante quanto tempo?
Tive-o dois anos. Comprei-o a um amigo em 1986, mas como ainda não tinha feito o exame de condução ficava só a olhar para ele estacionado em frente à porta. Mais tarde apercebi-me de que este carocha tinha sido modernizado no óculo e nos farolins traseiros o que me fez perder algum entusiasmo por ele, afinal não era um Carocha de 1954 puro. Acabei por vendê-lo ao mesmo amigo que era indiferente a esse tipo de preciosismos.
Ainda se recorda dele?
Curiosamente, tenho é boas recordações do segundo Carocha que comprei anos depois. Era de 1960 e com ele percorri milhares de quilómetros. Recordo-me do último episódio que vivi com ele; depois ter participado num rali no norte, o carro resolveu parar no regresso a casa.
E como já era sócio do ACP...
Sim, chamei logo o reboque e foi assim que chegámos à oficina. Pelo sim pelo não e já com o carro no chão,voltei a rodar a chave da ignição e imediatamente o motor voltou a roncar, à primeira! Sempre achei que os carros antigos têm alma ou personalidade própria, o VW parecia querer avisar-me naquele dia, que para onde ia, nunca mais de lá viria a sair! Ainda o tenho mas está desmontado numa oficina à espera de um dia voltar a andar.
Uma experiência que faltou viver com o seu primeiro carro.
Faltou o principal, passear com ele, com o cão e com a família com quem comecei a viver depois de me ter despedido do carro.
Como viajante tem tido mais vezes a companhia do ACP na estrada?
Tenho, na medida em que continuo a orientar-me pelo mapa do ACP nas minhas viagens.
E utiliza outros serviços do clube?
Felizmente, utilizo poucas vezes, tanto o reboque como o médico em casa.
Para si, o ACP é sinónimo de...
Alguém que olha por nós, na estrada mas também em casa.