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Sinistralidade em Portugal aumentou face a 2022

| Revista ACP

Números da sinistralidade em 2023 já são conhecidos e mostram um aumento em quase todos os indicadores.

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A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) já divulgou os dados da sinistralidade relativos a 2023 e, feitas as contas, o saldo é negativo.

Ao longo do ano passado registaram-se 36 595 acidentes com vítimas, 479 vítimas mortais, 2646 feridos graves e 42 890 feridos leves, no Continente e nas Regiões Autónomas.

Face a 2022 observaram-se aumentos em todos os indicadores, exceto no índice de gravidade. Desta forma, ocorreram mais 2186 acidentes (+6,7%), mais cinco vítimas mortais (+1,1%), mais 194 feridos graves (+8,6%) e mais 2602 feridos leves (+6,8%).

Recorde-se que em 2023 registou-se também um aumento da circulação rodoviária face a 2022, aumento esse comprovado pelo crescimento de 6,0% no consumo de combustível rodoviário, segundo dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

As colisões foram o tipo de acidente mais comum, correspondendo a 52,7% das ocorrências. Destas resultaram 40,9% das vítimas mortais e 45,9% dos feridos graves. Já os despistes, que representaram 33,9% do total de acidentes, foram responsáveis pela maior proporção de vítimas mortais, 47,3%.

 

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Quanto ao tipo de via, 62,8% dos acidentes ocorreram em arruamentos, representando 29,6% das vítimas mortais (-6,1%, em relação a 2022) e 45,9% dos feridos graves. Nas estradas nacionais ocorreram 19,9% dos acidentes, com 33,4% das vítimas mortais (+6,1% face a 2022) e 31,1% dos feridos graves. Por fim, nas autoestradas, registou-se uma redução de três vítimas mortais e 16 feridos graves face a 2022.

A larga maioria das vítimas mortais eram os condutores dos veículos envolvidos nos sinistros (72,4%), seguindo-se os passageiros (15,4%) e os peões (12,2%). Já em relação à categoria de veículo interveniente nos acidentes, os automóveis ligeiros corresponderam a 71,3% do total.

Este valor corresponde a um aumento de 6,2% relativamente a 2022. Verificaram-se ainda aumentos significativos nos acidentes que envolveram motociclos (+16,4% comparando com 2022) e velocípedes (+8,1% face a 2022).

Apesar do cenário negativo em comparação com 2022, face a 2019 (ano de referência para monitorização das metas de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030 fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal) os números são mais animadores: registaram-se menos 656 acidentes (-1,8%), menos 41 vítimas mortais (-7,9%) e menos 2.063 feridos leves (-4,6%). Porém, houve mais 114 feridos graves (+4,5%).

Relativamente à fiscalização de veículos e condutores, ao longo de 2023 foram fiscalizados 177,7 milhões de veículos. No total registaram-se 1,6 milhões de infrações, um aumento de 10,3% das face a 2022.

A infração mais comum (58,1%) foi o excesso de velocidade mas verificaram-se aumentos em todas as tipologias de infrações, destacando-se, a ausência de seguro e de inspeção periódica obrigatória (+79,5% e +38,0%, respetivamente) e as relativas aos sistemas de retenção para crianças (+10,6%).

Por fim, a criminalidade rodoviária também aumentou (24,2%) face a 2022. Das 40,6 mil detenções, 54,9% deveu-se à condução sob o efeito do álcool (+26,2%), seguindo-se 36,9% por falta de habilitação legal para conduzir (+34,8%).

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