Como poupar na saúde com a proteção certa

O Serviço Nacional de Saúde nem sempre consegue dar resposta a todas as situações com a celeridade desejada. Por isso, os seguros de saúde têm vindo a ganhar cada vez mais destaque, como forma de complemento ao SNS. Mas o enorme aumento de procura e de utilização tem agravado os preços dos seguros de saúde.

Portanto, não são uma solução para todas as pessoas, quer por questões monetárias, quer devido à idade, uma condicionante para o próprio acesso a este tipo de seguros e um fator de agravamento constante de preço.

No entanto, existem alternativas, como os planos de saúde ou, para quem quer manter todas as coberturas, uma combinação de plano de saúde com seguro de acidente e doença, uma escolha mais racional para pagar menos sem descurar a proteção na saúde, e sem limitar a idade do segurado.

Seguros de saúde: vantagens e desvantagens

Um seguro de saúde permite ter acesso a cuidados de saúde privada por um preço mais reduzido. Para isso, é necessário estabelecer contrato com uma seguradora, a quem é pago um determinado valor mensal (ou com outra periodicidade) previamente acordado. Esta quantia vai depender das coberturas pretendidas, assim como da idade da pessoa a segurar: quanto mais idade e coberturas, maior o prémio a pagar pelo seguro. E daqui decorrem vantagens e desvantagens.

A maior vantagem de um seguro de saúde é a cobertura: o seguro de saúde cobre as despesas recorrentes de saúde (consultas, exames) e as despesas extraordinárias (hospitalizações, cirurgias), em diferentes níveis de comparticipação. Por isso mesmo, o preço depende do grau de cobertura, da incidência (das indemnizações pagas pelas seguradoras) e da probabilidade de utilização (que aumenta com a idade). Como consequência, para um seguro de saúde ser sustentável impõe uma série de desvantagens para o utilizador:

• Limite de idade (na adesão e para permanência como segurado)
• Exclusão das doenças pré-existentes
• Período de carência
• Modelo de pagamento (por reembolso – que obriga o segurado a desembolsar primeiro a totalidade da despesa- ou através de uma rede convencionada)
• Preço mais alto e que aumenta com a idade

Planos de saúde: vantagens e desvantagens

Esta opção dá-lhe acesso aos cuidados de saúde que necessita para o dia-a-dia (consultas e exames médicos) a um preço mais reduzido em todos os prestadores que façam parte da rede convencionada.

Tal como no seguro de saúde, o plano de saúde também tem o limite da rede de estabelecimentos protocolados e requer o pagamento de um valor a ser pago periodicamente. Contudo, este tende a ser muito inferior ao do seguro, porque – desvantagem – não inclui as despesas de saúde extraordinárias (hospitalizações e cirurgias).

É desta desvantagem que surgem todas as vantagens do plano de saúde face ao seguro de saúde:

• Pode aderir e permanecer com o plano de saúde sem qualquer limite de idade
• Sem períodos de carência
• Sem exclusão de doenças pré-existentes
• Sem plafonds nem limites de utilização
• Preço mais acessível e não variável com a idade

Como poupar na saúde com a proteção mais económica

Para poupar na saúde sem a descurar, basta fazer as contas e conjugações acertadas, adequadas à sua carteira.

• Se pretende a opção mais económica de acesso à saúde no privado: opte por um plano de saúde para consultas e exames no privado e confie no SNS público para despesas extraordinárias (cirurgias e hospitalizações);
• Se pretende a opção mais económica, mantendo acesso a todas as coberturas no privado (consultas e exames + cirurgias e hospitalizações): considere substituir o seguro de saúde que combina todas essas coberturas por uma combinação: um plano de saúde para consultas e exames + um seguro de saúde para cirurgias e hospitalizações sem limite de idade.

Compare sempre as diversas opções tendo em conta coberturas, graus de comparticipação e preço conforme a idade.