A importância da visão na condução noturna

Apesar de menos tráfego, é importante manter a atenção redobrada ao volante

A escuridão, o encandeamento de outros veículos, as condições da estrada, a falta de experiência e os problemas de visão dos condutores. Todos estes fatores influenciam o comportamento de quem está prestes a pegar no carro à noite. 

O medo de conduzir é um medo justificável e cada vez mais presente em vários condutores portadores de carta de condução. Existem formas de contornar esta fobia, com o objetivo de se fazer à estrada de uma forma mais segura e controlada. No entanto, quando o medo é substituído pela fraca visão e pelo cansaço físico, há outros fatores a ter em consideração. 

O medo e o cansaço andam de mãos dadas pelas consequências que podem deixar no estado físico e psicológico do condutor. Depois de abordado o medo de conduzir à noite, e como combatê-lo, neste artigo discutimos os perigos que se aliam à condução noturna, assim como os principais conselhos que ajudam a manter a segurança e a concentração em viagem. 

Os problemas mais comuns na condução noturna

1. A visibilidade reduzida
Existe uma deterioração natural da visão sempre que acendemos as luzes do carro à noite, fazendo com que esforcemos mais os olhos. O campo de visão é reduzido à iluminação dos faróis do carro — especialmente se não houver iluminação de rua — e acaba por limitar a capacidade de perceção à nossa volta: desta forma, o cansaço visual acresce, o tempo de reação é negativamente influenciado e certas situações de risco tornam-se mais evidentes, pondo em causa a segurança do condutor. Eis alguns exemplos:

  • Risco de colisão ao ultrapassar um veículo avariado ou imobilizado; 
  • Risco de atropelar peões; 
  • Risco de atropelar animais; 
  • Risco de fraca perceção dos outros elementos da estrada. 

Para evitar tais situações, é necessário estar atento às condições particulares do local onde se conduz: moderar a velocidade em estradas com pouca visibilidade ou cujo piso seja irregular; aumentar a distância de segurança dos carros à volta para evitar imprevistos; certificar-se de que circula com os faróis e os vidros do carro limpos, de modo a evitar reflexos indesejados. 

2. A fadiga
A fadiga tem um papel bastante importante na condição psicológica e física do condutor, com uma especial atenção para quem pega no carro bem cedo e só regressa à noite. Os comportamentos, sob o efeito do cansaço, influenciam a agilidade, o tempo de resposta e a confiança ao volante, e podem pôr em causa a segurança de quem partilha a estrada connosco. Estudos recentes provam que muitos condutores têm dificuldade em reconhecer os principais sinais de fadiga — ou não lhes dão a devida atenção. Conduzir longas horas sem interrupção, a qualidade do sono, o stress e a fase do dia em que a viagem é realizada são alertas críticos que podem prejudicar a sua condução.

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À noite todos estes fatores agravam-se. A fadiga, conjugada com as condições de uma condução noturna, compromete as funções cognitivas e motoras, aumentando a possibilidade de um acidente. É verdade que não existem estratégias milagrosas e de efeito imediato que combatam a fadiga. A solução mais óbvia é mesmo uma boa noite de sono; no entanto, há pequena ações que contrariam o cansaço manifestado pelo corpo, como: 

  • Optar por refeições ligeiras; 
  • Evitar bebidas alcoólicas; 
  • Ter atenção à medicação tomada, pois pode provocar sonolência; 
  • Fazer uma pausa de 15 minutos em cada 2 horas, caso faça viagens longas; 
  • Fazer pequenos alongamentos sempre que sair do veículo. 

3. A (falta de) visão do condutor
Muitos condutores não têm consciência da necessidade de exames regulares à visão ou de mudar a graduação dos óculos ou das lentes de contacto. Quando circula na estrada, 90% da informação necessária à condução é apreendida através da visão. Conduzir sem prescrição atualizada, além de estar sujeito a multa, ou à apreensão da carta de condução, é uma ameaça para a segurança rodoviária. E atenção: se o seu trabalho depender da condução, os requisitos de prescrição podem diferenciar-se daqueles exigidos para um veículo pessoal. Nestas situações, deverá fazer um exame ocular, pelo menos de dois em dois anos. 

Dois problemas comuns nomeadamente associados à visão são a presbiopia e a miopia. O primeiro refere-se à dificuldade de ver elementos de pequena dimensão, por exemplo, no seu carro — o painel de instrumentos, o relógio, o GPS, entre outros. À noite, a visão reduzida pode impedi-lo de implementar e controlar uma velocidade segura segundo o indicador de velocidades ou verificar se todas as luzes estão a funcionar corretamente. Mais de 1,8 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem desta condição e há a tendência de agravamento com a idade. 

O segundo problema caracteriza-se pela distorção da visão a longas distâncias. Desta forma, a visão desfocada afeta gravemente a condução noturna, uma vez que dificulta a visão dos sinais de trânsito, perigos na estrada, ciclistas, animais e peões. A luz emitida pelos faróis do carro pode ser cúmplice da má visão, ao impedir que os olhos estejam atentos ao longo da viagem.

A solução mais eficaz passa por marcar uma consulta com o seu oftalmologista e ter a certeza de que a sua visão está em bom estado. Esta questão ganha mais relevância se não faz um exame ocular há mais de 1 ano. Saiba que o ACP oferece aos sócios descontos na Cecop, no Grupótico e na lentesdecontacto.pt


A importância de ver e de ser visto

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