Cuidados a ter com manchas na pele

Previna-se e consulte um especialista

As manchas na pele podem surgir em várias zonas do corpo e assumir várias formas e tons, independentemente da idade. Também denominadas de hiperpigmentação, aparecem em zonas onde a pele produz mais melanina do que o normal. A melanina é o pigmento que fornece cor aos olhos, pele e cabelo.

Entre as principais causas de manchas na pele incluem-se alterações hormonais, exposição prolongada ao sol, sobretudo sem a utilização de protetor solar, gravidez, medicamentos como os anticoncecionais e fotossensibilizantes, envelhecimento cutâneo, infeções por fungos ou ainda predisposições genéticas.

Existem vários tipos de manchas. É importante aprender a distingui-los para não se criarem noções erradas que, por vezes, podem ser perigosas.

Tipos de manchas na pele

As manchas na pele podem ter tons variados, do castanho escuro ao castanho claro. A cor das manchas pode depender do tom de pele de cada pessoa. As manchas na pele podem ter a mesma textura da pele e não são serem dolorosas. Podem também variar em tamanho e aparecer em qualquer zona do corpo, sendo, no entanto, mais comuns em zonas mais expostas ao sol. Normalmente, as manchas na pele podem surgir nas costas das mãos, no rosto, costas e ombros. Nas pessoas com pele mais morena, as manchas podem ser ligeiramente mais escuras do que a pele, desaparecendo normalmente no período de 6 a 12 meses. No entanto, manchas de cor mais escura podem levar anos a desaparecer.

Entre os tipos de manchas na pele mais comuns incluem-se:

Melasma

Surge normalmente entre os 20 e os 50 anos e nas pessoas com pele mais morena. Caracterizam-se por serem manchas castanhas ou acinzentadas com uma localização no rosto. Muitas vezes aparenta ser “pele suja”. É provocada pelo excesso de produção de melanina nestas zonas (hiperpigmentação). As mulheres são mais afetadas e se tem alguém na família com este problema há 40% de hipóteses de também vir a ter melasma.

Cloasma

Surge na gravidez e assume a forma de uma espécie de “máscara” no rosto. Também designado por “pano”, neste tipo de manchas, a produção excessiva de melanina tem origem nas hormonas segregadas no âmbito da gravidez. Cerca de 70% das mulheres grávidas têm cloasma.

Micose superficial da pele

Caracteriza-se por manchas ou máculas brancas ou mais claras do que o tom de pele. O nome científico é pitiríase versicolor e é provocada por um fungo (malassezia) mais frequente em zonas do corpo com maior oleosidade, como o rosto. Provoca comichão e está associado aos meses mais quentes do ano.

Vitiligo

Apenas 1% da população sofre desta doença que, se crê, ser autoimune. Trata-se de uma doença crónica que provoca a despigmentação progressiva da pele. A exposição solar é absolutamente desaconselhada nestes casos.

Tratamento das manchas na pele

O dermatologista é o especialista recomendado para lidar com as manchas na pele. A identificação das manchas é efetuada com recurso a um dermascópio. Em alguns casos pode ser difícil determinar se as manchas na pele são produto da idade ou se representam algum tipo de cancro. Se o médico tiver dúvidas poderá requisitar uma biópsia cutânea, retirando uma pequena amostra da mancha em questão para análise laboratorial. É importante que seja o dermatologista a determinar o diagnóstico, visto que, apesar de geralmente inofensivas, as manchas na pele podem ter origem cancerígena e devem ser identificadas precocemente.

Em geral, o tratamento pode passar pela aplicação de um protetor solar, cremes tópicos (melasma), medicamentos antifúngicos (micose da pele) ou até pela fotoproteção. No caso do vitiligo a alternativa terapêutica passa pela repigmentação da pele.

Existem outros tratamentos de aplicação cutânea que podem aclarar as manchas na pele. No entanto, deve evitar os cremes que contenham mercúrio pois representam um sério risco para a saúde. Os cremes de aplicação cutânea podem conter retinoides como o ácido retinóico, cortisona ou hidroquinona. Apesar destas terapias poderem aclarar as manchas da pele com o passar do tempo, podem irritar a pele. É importante, por isso, discutir com o seu dermatologista os efeitos secundários do tratamento. Existem ainda alguns tratamentos cosméticos que devem, do mesmo modo, ser aconselhados pelo dermatologista e realizados pelo mesmo. São eles a crioterapia (remoção das manchas com uma substância fria como o nitrogénio líquido), cirurgia laser ou de luz pulsada, microdermoabrasão (tratamento exfoliante) ou o peeling químico (a exfoliação da pele com recurso a uma substância). Após este tratamento a pele fica mais frágil, pelo que deverá reforçar ainda mais a proteção solar.

A prevenção é o melhor remédio

A melhor forma de evitar manchas na pele e a hiperpigmentação passa por usar um protetor solar adequado à sua pele. As manchas na pele ficam mais escuras com a exposição solar. Por esta razão, os protetores solares que contêm óxido de zinco ou dióxido de titânio são os mais eficazes em bloquear a maior parte dos raios solares.

Para uma proteção acrescida deverá usar um creme com fator de proteção solar (FPS) de pelo menos 30, para se proteger dos raios UVA e UVB. Muito importante: reforce o protetor solar de duas em duas horas. Outra medida de prevenção passa por evitar a exposição solar entre as 10h e as 16h. Nestes horários procure a proteção da sombra ou utilize roupa com proteção solar.

 

Consulte um especialista

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O conteúdo deste artigo tem caráter informativo e não dispensa a consulta do seu médico.
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