O encerramento de diversas unidades fabris em Portugal, diretamente ligadas ao ramo automóvel, preocupa as associações representativas do setor. Num comunicado conjunto, ACAP, AFIA, ANECRA e ARAN, mostram a preocupação do setor automóvel, mas exigem um plano de apoio específico para as empresas afetadas.
“O sector automóvel representa 19% do PIB, 25% das exportações de bens transacionáveis e emprega, diretamente, cerca de duzentas mil pessoas. Por outro lado, em termos da União Europeia, Portugal é um dos países em que as receitas fiscais geradas pelo sector automóvel, têm um maior peso no total das receitas fiscais do Estado, representando vinte e um por cento do total dessas receitas”, afirma o comunicado das 4 associações do setor automóvel, que estão de acordo com as medidas governamentais: “O sector automóvel aprova as medidas que têm vindo a ser tomadas pelo Governo, assim como as recomendações sanitárias para as empresas e trabalhadores, as quais estão a ser rigorosamente cumpridas”.
Mas as preocupações das 4 associações são muito mais vastas: “alertar para a necessidade de, para além das medidas já tomadas pelo governo, ser criado um plano específico de apoio ao sector automóvel. Estas medidas, permitirão às empresas não só atenuar esta crise, mas também para manter a sua competitividade, após este período, logo que se verifique a retoma gradual da economia”. Tendo por base estas preocupações, “com a declaração do estado de emergência, pedimos que a atividade de prestação de serviços através de veículos de pronto-socorro e o setor de assistência e reparação automóvel sejam considerados setores essenciais, dado que são imprescindíveis para a manutenção da segurança dos cidadãos”.