Depois de um estudo revelar o desagrado dos chineses ao cheiro de um carro acabado de comprar, ao contrário dos europeus e americanos, a Ford está a desenvolver um método que visa acabar com aquele cheiro a novo em veículos destinados ao maior mercado do mundo.
O referido estudo adianta ainda que quem na China pensa em comprar um carro novo dá muita importância ao fator espaço, mas o cheiro também é bastante valorizado no momento da aquisição, a ponto de poder ser mesmo um impedimento para não adquirirem um determinado modelo, preferindo outro cujo cheiro seja mais suportável. O elevado consumo é outro dos aspetos eliminatórios, independentemente do desempenho do motor ou dos sistemas de segurança que equipam os carros.
Mas para acabar com o cheiro a carro novo na China, a Ford tem uma equipa de 18 chineses que trabalham como farejadores, pondo o nariz em todo o lado – de volante aos tapetes – à caça de qualquer componente que emita um odor desagradável ou escolhendo os cheiros que não provocam a rejeição olfativa dos chineses.
O construtor já terá testado uma técnica que consiste em deixar o veículo ao sol, com as janelas abertas e o ar condicionado ligado até que os plásticos e outros materiais libertem todos os gases, num processo que vai sendo controlado por sensores da qualidade do ar. O pedido de patente encerra muita tecnologia, embora pela descrição pareça pouco sofisticado.
Aquilo que habitualmente designamos por “cheiro a novo” não é mais do que um processo de desgaseificação, particularmente evidente em altas temperaturas, altura em que os gases dos plásticos, materiais sintéticos, peles e até mesmo da cola se começam a libertar.