A Volvo foi a primeira marca a anunciar, há alguns meses, a decisão de limitar a velocidade de ponta dos seus carros a 180 km/h. Uma decisão que sabia que iria desagradar a muitos, mas que a marca acredita que vai agradar a muitos mais. Tudo em prol da segurança e também com implicações ambientais, já que quanto mais elevada é a velocidade, maiores os consumos e as emissões.
Agora foi a vez da Renault tomar decisão igual, transpondo-a também para a sua marca mais económica, a Dacia. Fora da medida, e por motivos óbvios, fica a recém lançada Alpine, marca do Grupo Renault virada para os veículos desportivos de alta prestação.
Uma decisão que se apresentou como muito difícil de tomar por parte do construtor romeno, cujos automóveis de pelo menos atingir esta fasquia são muito poucos. O mesmo se pode dizer para a Renault, precisamente por causa da Alpine, marca a cargo da qual ficam agora os modelos RS, os mais potentes da Renault.
Mas não é só. O Grupo vai mesmo mais longe que a Volvo, já que, ao introduzir o dispositivo Safety Coach, Renault e Dacia prometem restringir a velocidade aos limites impostos no local onde se está a circular, o que impossibilidade incumprimentos da legislação rodoviária de cada país e os limites impostos pela sinalização nos vários locais. A isto junta-se ainda a possibilidade do sistema ter em linha de conta o estado do tempo e do piso nos locais onde se circula.
A decisão não só vai ao encontro do acordo entre a União Europeia e os construtores automóveis para limitar a velocidade dos veículos futuramente construídos em função da legislação local e do estado do tempo, como também foi fortemente influenciada pelo facto de 1/3 dos acidentes fatais ainda estarem associados a excesso de velocidade.