O processo de candidatura ao Fundo Ambiental para a compra de veículos elétricos está parado e não se sabe quando e como vai ser reaberto. As verbas do Fundo Ambiental são disponibilizadas fora do Orçamento do Estado, por via de despacho, mas este ano o atraso tem mais repercussões.
O despacho que descreve as condições de acesso e os valores dos apoios, da responsabilidade do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, foi esta semana entregue, mas ainda não foi publicado em Diário da República.
Em termos de mercado, os portugueses parecem cada vez mais atraídos pelos veículos elétricos. Com sucessivos recordes de vendas a cada mês, as vendas de 2023 vão ultrapassar as de 2022 em seis meses.
Já o ministro do ambiente admitiu estar a estudar a redução de apoios à compra de elétricos e que a ideia é promover antes a redução significativa da tarifa de carregamentos de elétricos, uma medida que entraria em vigor em 2024.
A porta está aberta aos combustíveis sintéticos. A solução que permite manter a produção de viaturas a combustão com emissões neutras está agora a ser também adotada pela Stellantis, o maior grupo da indústria automóvel, que conta com marcas como Peugeot, Citroën ou Fiat.
Ao reconhecer que os sintéticos são uma medida que pode ajudar a descarbonizar a frota europeia, o grupo vai testar esta tecnologia nos 28 tipos de motores de combustão interna que produz, com ensaios abrangentes, desde as emissões de gases de escape à potência do motor e à diluição do óleo em veículos Euro 6 fabricados a partir de 2014 e até 2029. Isto significa que os sintéticos podem aplicar-se a cerca de 28 milhões de veículos Stellantis, com um potencial de redução das emissões de CO2 na Europa de 400 milhões de toneladas entre 2025 e 2050. Há várias marcas mais avançadas na aposta nos combustíveis sintéticos, como a Ferrari e a Porsche, já com fábricas em laboração.
Também a Toyota está a desenvolver soluções de emissões reduzidas nos combustíveis… numa parceria com a petrolífera EXXON, o maior produtor de automóveis do mundo vai testar combustíveis com baixo teor de carbono em motores a gasolina… será uma espécie de gasolina verde, até 75% mais limpa do que a gasolina fóssil e que resulta da mistura de matérias-primas já existentes, como biomassa renovável e etanol produzidos através de processos sustentáveis.
A Comissão Europeia tem até outubro para apresentar uma proposta sobre a forma de garantir que os veículos com motores de combustão produzidos a partir de 2035 funcionem apenas com combustíveis alternativos.
Esta semana também estivemos ao volante do Skoda vRS, um desportivo com argumentos muito familiares, e partimos à aventura nas 500 Milhas ACP pela maior estrada da Europa.