A pandemia está a deixar as esperadas mazelas na economia mundial. Por toda a Europa, os principais construtores estão a fechar diversas unidades fabris por tempo indeterminado, embora algumas empresas ainda apontem para quarentena de duas ou três semanas. Espanha, o 2º país europeu mais afetado no momento, já viu diversas fábricas fechar.
O país vizinho fabrica mais de três milhões de automóveis por ano, com seis fabricantes a produzirem 15 modelos diferentes naquele país. Para além da espanhola Seat com a produção do Ibiza, Leon e Arona, também o Grupo Renault/Nissan vê afetada a produção de modelos como o Megane, Kadjar, Alaskan, Captur, Navara, e-NV 200. Em parceria com a Seat, a Audi parou a produção do A1, enquanto a Ford vê parar a montagem do Kuga e do Mondeo. A Ford já encerrou 12 fábricas em solo europeu, paralisando 46 miil trabalhadores.
Se as linhas de montagem na vizinha Espanha estão praticamente paradas, também as fábricas de componentes irão ser afetadas. Em Portugal, a Renault Cacia ainda continua a produzir caixas de velocidades para o Grupo Renalult/Nissan, mas só até quarta-feira, dia 18.
Na Alemanha, a Daimler, detentora da Mercedez-Benz, anunciou o encerramento por duas semanas das fábricas de Affalterbach, Arnstadt, Berlim, Hamburg, Stuttgart, Bremen, Rastatt, Sindelfingen (a maior e mais antiga da marca, a laborar desde 1915), na Alemanha, e ainda em Hambach, França.
Itália está a ferro e fogo, e só o Grupo Fiat/Chrysler já encerrou seis fábricas, com a Maserati e Ferrari a seguirem o exemplo. O Grupo PSA (Peugeot, Citroën e Opel) já encerrou 15 fábricas em sete países (uma delas a de Mangualde). Também o Grupo Volkswagen deixou de resistir e, além de suspender a produção na fábrica da Autoeuropa, vai encerrar por duas a três semanas a maioria das unidades fabris europeias já a partir da sexta-feira.