Anunciadas há alguns dias, as tarifas de 25% que os EUA iam aplicar aos produtos importados do Canadá e do México foram suspensas a escassas horas de começarem a ser aplicadas.

Esta suspensão vai durar, pelo menos, 30 dias, e surge como um “balão de oxigénio” para os muitos construtores que produzem automóveis naqueles países, especialmente no México e cujo principal destino dos seus modelos são os EUA.

A suspensão surge após o presidente norte-americano ter chegado a um acordo com os homólogos canadiano e mexicano acerca de temas como a imigração ilegal e o tráfico de fentanil.

Recorde-se que o México enviou 10 mil soldados para a fronteira com os EUA para combater a imigração ilegal e o tráfico de estupefacientes enquanto o Canadá prometeu reforçar o controlo da fronteira com os EUA e bem como o combate ao crime organizado.

Tarifas contra a China mantêm-se

Apesar da suspensão das tarifas impostas aos produtos importados do Canadá e México, as tarifas adicionais de 10% aplicadas aos produtos provenientes da China mantêm-se.

Como retaliação a China decidiu aplicar tarifas adicionais a diversos produtos norte-americanos.

Para já a União Europeia tem “escapado” às tarifas que estão a marcar o início do mandato de Donald Trump, mas deverá ser “sol de pouca dura”.

O presidente norte-americano já prometeu que as tarifas aplicadas aos produtos provenientes da União Europeia estão para breve, e recentemente afirmou: “eles não aceitam os nossos carros, não aceitam os nossos produtos agrícolas, quase não aceitam nada, e nós aceitamos tudo deles. Milhões de carros, quantidades enormes de alimentos e produtos agrícolas”.

Caso as tarifas se concretizem, um dos principais setores afetados será a indústria automóvel europeia, sendo que os efeitos destas tarifas são ainda imprevisíveis.