Os dados são da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e não traçam um cenário animador: “entre os 34,3 milhões de veículos fiscalizados entre janeiro e março de 2023, detetaram-se 306,7 mil infrações, o que representa um acréscimo de 22,5% face ao período homólogo do ano anterior”, refere esta entidade.
No relatório de sinistralidade a 24 horas e fiscalização rodoviária do primeiro trimestre de 2023, a ANSR revela que nos primeiros três meses do ano 65,1% do número total de multas deveu-se a excesso de velocidade, 5,6% à ausência de inspeção periódica obrigatória, 3% à condução sob efeito do álcool e 2,1% ao uso do telemóvel e não utilização do cinto de segurança.
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No total, entre janeiro e março, foram multados quase 200 000 condutores por excesso de velocidade, 17 305 por falta de inspeção periódica obrigatória e cerca de 9000 por condução sob o efeito de álcool.
O relatório divulgado pela ANSR revela que foram as infrações por excesso de velocidade as que mais aumentaram face ao período homólogo de 2022, mais 57,9%. Contudo, há também a registar um aumento de 43,1% nas infrações relativas à ausência de sistemas de retenção para crianças, um crescimento de 28,2% nas multas por ausência de seguro e de 26,7% nas infrações por falta do uso de cinto de segurança.
Também a criminalidade rodoviária aumentou no primeiro trimestre de 2023, com os 9500 condutores detidos a corresponderem a um aumento de 12,1% face ao período homólogo de 2022.
Destes, 53% foram detidos por condução sob o efeito de álcool (+11%) e 37,2% por falta de habilitação legal para conduzir (+24,3%).