Desde 2015, em Singapura, que Vettel e a Ferrari não venciam um Grande Prémio e desde 2010 que a marca italiana não triunfava na primeira prova da época. Tudo isso terminou este domingo no arranque da época de 2017 da Fórmula 1, o Grande Prémio da Austrália, em Melbourne, e serviu para provar que os bons resultados conseguidos pela Ferrari durante os testes de pré-época não foram mero acaso.
Depois de ter sido a sombra de Hamilton (Mercedes) desde a partida, Vettel passou o homem da pole position após as primeiras idas às boxes. A partir desse momento o germânico nunca mais olhou para traz e viu a bandeira de xadrez com quase dez segundos de margem.
O segredo do triunfo acabou por estar nos pneus. Hamilton, que levou a melhor na partida, viu o Mercedes consumir por completo os Pirelli ultra macios ao cabo de 17 voltas, enquanto Vettel conseguiu gerir as borrachas do Ferrari até 22ª volta.
Uma diferença que se revelou determinante e à qual se juntou o facto do britânico ter regressado à pista atrás de Max Verstappen, que na altura era quinto com o Red Bull. Não fosse isso e Hamilton até poderia ter sido capaz de recuperar a liderança.
Hamilton passou então a fazer o que podia enquanto lidava com o que se pensava ser um problema do fundo do carro e irregularidades na entrega de potência, o que fez com que tivesse também de prestar atenção ao colega de equipa Valtteri Bottas na segunda parte da corrida.
No final, Hamilton conseguiu garantir o segundo posto, enquanto Bottas fechou o pódio, com Kimi Räikkönen a levar o outro Ferrari ao quarto posto e com Verstappen a concluir a lista dos cinco primeiros. Felipe Massa (Williams), Sergio Perez (Force India), Carlos Sainz (Toro Rosso), Daniil Kvyat (Toro Rosso) e Esteban Ocon (Force India) foram os restantes nomes do primeiro Top 10 do ano.