LBX é o Lexus mais informal do mercado

| Revista ACP

Trabalhar o conceito de "casual premium" num SUV compacto é a proposta audaciosa para desbravar novos mercados. 

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Se a Lexus nasceu há 35 anos totalmente orientada para o mercado norte-americano, ao ponto de o nome ser um acrónimo para "Luxury EXport to the United States", hoje em dia a divisão de luxo da Toyota tem os olhos bem postos também na Europa.

E a prova disso é o Lexus LBX, o seu modelo mais pequeno e europeu até agora lançado, tanto no tamanho quanto no preço, mas que mantém as características distintivas da marca. Uma aposta que pode vir a representar 30% do volume de vendas no mercado europeu, que ronda os 70 mil Lexus por ano, permitindo, segundo o desejo dos responsáveis da marca, conquistar a barreira mítica das 100 mil unidades – os Estados Unidos mantêm-se como a principal razão para o nome da Lexus, com 355 mil viaturas ali vendidas.

Sob a premissa do “casual premium”, o Lexus LBX toma por base a plataforma do bem-sucedido Toyota Yaris Cross, a GA-B, fazendo jus à identidade visual da Lexus, embora com toques inovadores, a que marca apelida de “Resolute Look”, com uma grelha reinterpretada, uma linha de cintura ascendente, que somados a jantes de 17 a 18 polegadas, conferem um porte robusto, tão necessário para disputar o muito competitivo segmento B-SUV.

Recorde-se que os SUV valeram 51% das vendas no mercado europeu em 2023, com 6,63 milhões de unidades. Os B-SUV, também designados por SUV utilitários, representaram 33% dessas vendas. A audácia da Lexus com esta aposta é precisamente a de tentar preservar os valores da marca num modelo em que despe muito do seu fato ‘corporate’ e pisca o olho a um público urbano que não dispensa o requinte e a suavidade, mesmo em cenários de lazer que exigem pisos menos asfaltados.

Com 4.190 mm de comprimento, 1.825 mm de largura e 1.560 mm de altura, o LBX tem uma distância entre eixos maior face ao Yaris Cross, embora o espaço para os passageiros nos bancos traseiros seja algo discutível. O espaço de bagageira apresenta 332 litros de volume.

A nível de motorizações, o comprovado sistema híbrido de 5ª geração da Toyota volta a dar cartas. O motor de três cilindros com ciclo Atkinson e 1.5 cc debita 136 cv e anuncia um binário de 185 Nm, a que se junta uma agora mais suave caixa CVT, o que confere a este modelo irrequietude suficiente, sem nunca comprometer a suavidade que a Lexus desde sempre apregoa, facto comprovado no decorrer da apresentação nacional do LBX, em Aveiro.

Com uma aceleração dos zero aos 100 km/h em 9,2 segundos, tudo neste modelo aponta menos para performance do que para a eficiência. E um consumo homologado de 4,4 litros/100 km e um nível de emissões de CO2 nos 100 g/km parecem traduzir perfeitamente essa opção. A sustentar este trabalho está uma bateria bipolar, com maior densidade energética, mais rápida a entregar e a receber.

A última geração do Lexus Safety System + traz as garantias de segurança passiva e ativa pela qual a marca-mãe, a Toyota, foi granjeando fama. O objetivo de detetar riscos de acidente, alertar o condutor e fornecer controlo de direção, travagem e força motriz automaticamente, quando necessário, é devidamente cumprido, sem nunca se notar tiques “invasivos” na condução como por vezes se percebe noutras marcas.

Quanto ao interior, a Lexus lança mão de um punhado de conceitos japoneses bastante substantivos. O cockpit recorre ao Tazuna, que posiciona os principais controlos e fontes de informação de forma a envolver o condutor, onde impera um novo painel de instrumentos totalmente digital de 12.3 polegadas, personalizável. No capítulo da iluminação interior a chave de interpretação é o efeito Omotenashi, com 50 opções de cores. E nos acabamentos, além do recurso a peles semi-anilinas, peles vegan e materiais sintéticos, o LBX também apresenta um novo acabamento de carvão Tsuyusami, que transmite uma aparência fortemente texturizada e uma sensação de profundidade.

Equipado com o sistema Lexus Link Connect, num ecrã tátil de 9.8 polegadas, o LBX fornece navegação “na cloud”, com informações em tempo real sobre o trânsito e eventuais atrasos, sendo reforçada pelo assistente de bordo “Hey Lexus”, que responde a comandos de voz.

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A integração do smartphone faz-se através de ligações Apple CarPlay, sem fios ou por cabo, ou Android Auto mas apenas por cabo. Existe também a possibilidade de uma chave digital opcional, compatível com smartphones Apple e Android, sem sequer precisar de tirar o telefone do bolso ou da carteira para abrir o carro, basta aproximarem-se. Nota para o sistema elétrico de abertura de portas e-latch da Lexus com função de abertura de portas em segurança, que nos minutos iniciais se estranha, mas rapidamente se entranha como solução lógica.

Designando os níveis de equipamento de “atmosferas”, a Lexus propõe o LBX em 6 versões: LBX (34.950 euros), Elegant (38.750 euros), Emotion (41.750 euros), Relax (44.250 euros) e Cool (44.600 euros) e o Cool + (47.750 euros).

Se o LBX mais básico (e que será o ultimo a chegar ao mercado nacional) traz jantes de liga leve de 17 polegadas, volante em pele, painel de instrumentos analógico e ecrã de 7 polegadas, ecrã multimédia de 9,8 polegadas com sistema de navegação, ar condicionado de duas zonas, câmara de estacionamento e o Lexus Safety System +, já o Elegant acrescenta as jantes de 18 polegadas, sensores de chuva, espelho interior electrocromático, bancos aquecidos, ajuste lombar e em altura do banco do condutor e Pack Confort (acesso e arranque mãos livres, carregador sem fios, três portas USB e espelhos exteriores rebatíveis).

Subindo para o Emotion, as mesmas jantes de 18 polegadas, mas com pintura bicolor e Pack Tech (portão da bagageira elétrico) e painel de 12,8 polegadas.

No nível Relax o banco do condutor traz ajuste elétrico, patilhas no volante, chave digital e Pack Premium (faróis LED, assistência em curva e de nevoeiro dianteiros e volante aquecido).

Por fim, a atmosfera Cool acrescenta vidros escurecidos e bancos em pele e Alcântara, sendo o supra-sumo o Cool +, que adiciona o Pack Advanced (estacionamento remoto, Head Up Display), comandos sensíveis ao toque no volante e sistema de som Mark Levinson.

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