A escalada dos preços dos combustíveis já “abrandou”, mas o Governo não põe de parte a possibilidade de vir a aplicar medidas fiscais para travar futuros aumentos caso haja uma “subida permanente”.
Esta hipótese surgiu pela voz do primeiro-ministro, Luís Montenegro, em resposta às acusações do PS de que o Governo havia aumentado os impostos sobre os combustíveis.
No debate quinzenal, realizado a 5 de fevereiro, Luís Montenegro começou por afirmar: “nós não aumentámos os impostos, nós fizemos algumas correções relativamente a uma situação que a União Europeia nos está a exigir, que tem a ver com a taxa de carbono e com o desconto do ISP durante o ataque à crise inflacionista, mas nós não agravámos a carga fiscal”.
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O chefe de executivo prosseguiu com a explicação, esclarecendo que houve “um nível de desconto que foi reduzido, mas, ao mesmo tempo, reduzida também a incidência da taxa de carbono no mecanismo de formação do preço (…) a fiscalidade sobre os combustíveis manteve-se na mesma.”
Em seguida, o primeiro-ministro voltou a assegurar que “se houver uma escalada de preços que antecipe uma subida permanente a níveis que sejam insuportáveis” o Governo tomará medidas.
Segundo o chefe do executivo, o Governo tomará “medidas, nomeadamente na área fiscal, para desagravar a situação e repor o equilíbrio no acesso aos combustíveis. Foi assim que foi feito pelo Governo anterior e foi muito bem feito”.