Controlar a climatização, ligar ou desligar os sistemas de ajuda à condução ou até simplesmente aumentar ou reduzir o volume do rádio, estas e outras funções estão hoje, em muitos modelos, concentradas nos ecrãs táteis.
Omnipresentes na maioria dos modelos, os ecrãs táteis passaram de sinal de modernização a alvo de críticas por parte dos utilizadores e agora estão “na mira” do Euro NCAP.
A partir de 2026, o organismo responsável por avaliar a segurança dos modelos comercializados na Europa vai aplicar novos critérios de avaliação, e um deles diz precisamente respeito à facilidade de acesso a funções essenciais do automóvel.
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Segundo o diretor técnico do Euro NCAP, Richard Schram, “o Euro NCAP vai incentivar os construtores a adotarem controlos físicos, fáceis de usar e táteis para as principais funções como os indicadores de mudança de direção, os limpa-vidros ou as luzes de emergência”.
Os novos critérios de avaliação do Euro NCAP vão determinar a facilidade com que se acede a funções básicas do carro, com um sistema de pontuação proposto que aloca 5 de um total de 100 pontos para estes critérios.
Tendo isto em conta, os modelos que mais apostam nos ecrãs táteis — como é o caso dos Tesla — poderão ver as suas avaliações serem prejudicadas pela ausência de comandos físicos.
Resta saber se este critério se vai traduzir na impossibilidade de alcançar as ambicionadas cinco estrelas de avaliação.