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A resposta da Europa para a crise do setor automóvel

| Revista ACP

Plano de Bruxelas visa relançar um setor ameaçado pela concorrência chinesa e o protecionismo norte-americano.

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Os sinais da crise são evidentes e a pressão sobre o setor automóvel palpável. Por isso, em menos de três meses, a Comissão Europeia passou das “palavras aos atos” e apresentou um plano de ação para o setor automóvel.

O plano de Bruxelas teve como motivação os riscos da cadeia de abastecimento, pelos elevados custos energéticos, rápidas mudanças tecnológicas e grande dependência de importação de matérias-primas.

Apresentado por Apostolos Tzitzikostas, Comissário Europeu do Turismo e Transportes Sustentáveis, o plano estabelece cinco prioridades: inovação e digitalização, transição para uma mobilidade limpa; garantia da competitividade e da resiliência da cadeia de abastecimento; melhoria das competências e abordagem da dimensão social e garantia de condições de concorrência equitativas e de um ambiente empresarial competitivo.

Na apresentação deste plano Apostolos Tzitzikostas revelou que serão disponibilizados até 50 mil milhões de euros para investir em tecnologia e mobilidade limpa ao abrigo do programa InvestEU.

 

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A este valor juntam-se ainda 1,8 mil milhões do Fundo de Inovação destinados a impulsionar a produção de baterias na Europa; mil milhões de euros destinados ao desenvolvimento de veículos autónomos e conectados; 570 milhões de euros para reforçar a rede de carregamento de veículos elétricos.

Também o reforço das qualificações dos trabalhadores europeus foi tido em conta neste plano, com Bruxelas a destinar 90 milhões de euros para a qualificação da mão de obra.

Além do reforço do investimento, a Comissão Europeia decidiu também flexibilizar os prazos para a aplicação das metas de emissões e vai impor novas condições aos investimentos estrangeiros.

Já para acelerar o desenvolvimento de automóveis da próxima geração será criada uma aliança europeia de veículos conectados e autónomos.

Por fim, será ainda instituído um leasing social, uma medida que visa tornar acessível a mobilidade sustentável e incentivar a compra de automóveis elétricos novos e seminovos.

Recorde-se que o setor automóvel representa 7% do PIB europeu e é responsável por 14 milhões de empregos direta e indiretamente.

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