Elvas

A estrela do Alentejo

Porquê Elvas?

A “Estrela do Alentejo” tem excelentes acessos por auto-estrada e, por isso, não há desculpa para não descobrir a maior cidade fortificada da Europa. As suas muralhas dos séculos XVII e XVIII, em forma de estrela, defendiam os portugueses das investidas castelhanas.

Cidade fronteiriça, fica a apenas 8 km de Badajoz. Durante a Guerra da Restauração, a sua fortificação permitiu aos portugueses não ficarem subjugados aos castelhanos novamente. Chamada “Rainha da Fronteira” e “Chave do Reino”, Elvas cumpriu sempre o papel de evitar a entrada em Portugal de inimigos até Lisboa.

Em Elvas, o património é rico e bem preservado: militar, religioso, arqueológico, civil, cultural e imaterial. Por outro lado, Elvas é uma cidade moderna, com espaços culturais, de desporto e de animação: Centro Hípico de São Brás, Piscinas Municipais, Jardim das Laranjeiras e Coliseu de Elvas, entre outros.

A gastronomia alentejana e os vinhos têm em Elvas uma cidade representativa do melhor que a região oferece. Comece, por exemplo, com uma Sopa de Pão com Cheiros ou um Borrego Assado à Alentejana. Não deixe de pedir uma tradicional Sericaia acompanhada com ameixa.

 

Elvas - Aqueduto

Símbolo

Aqueduto

Elvas - Cidade Velha

Momento Zen

Cidade Velha

Onde ficar

Muito perto do centro da cidade-fortaleza, dentro de muralhas, o Vila Galé Collection Elvas (10% de desconto ACP) resulta da reabilitação do Convento de São Paulo do séc. XVII. Para além de convento, foi também tribunal militar, quartel e casa de reclusão. Este hotel histórico tem piscina interior e exterior, spa, massagens, hidromassagens, banho turco e sauna, bar e dois restaurantes: o Versátil, que oferece as três refeições principais, e o Inevitável, com almoços e jantares de cozinha portuguesa e tradicional alentejana.

Duas alternativas mais familiares no centro de Elvas: Travassos 11 e Casa d'Olivença. O antigo Palácio de Travassos do séc. XVIII é um alojamento local luxuoso, na memória de tempos senhoriais. De arquitetura e decoração belíssimas, o edifício apresenta arquitetura neoclássica e decoração minimalista, onde todos os detalhes foram bem pensados. A Casa d'Olivença situa-se numa rua emblemática de Elvas, com a simpatia e amabilidade alentejanas e um pequeno-almoço com produtos locais de qualidade.

O turismo rural ganha expressão com as propostas do Hotel Rural Monte da Provença e da Quinta da Fortaleza. Sossego e conforto, no ambiente rural alentejano. O Hotel Rural Monte da Provença é um hotel de charme, a 4 km do centro de Elvas. A Quinta da Fortaleza fica a 8 km do centro e é ideal para descansar em contacto com a natureza, entre oliveiras, pomares e hortas.

A não perder

Das impressionantes construções arquitetónicas-militares em Elvas, destacam-se o Forte de Nossa Senhora da Graça e o Forte de Santa Luzia. Considerado uma obra-prima da arquitectura militar europeia do século XVIII, o Forte de Nossa Senhora da Graça é monumental. O segundo forte, com a forma de um polígono estrelado, foi concluído no século XVII.

As Muralhas de Elvas ganharam destaque ao integrarem o conjunto histórico cultural inscrito no Património Mundial da UNESCO em 2012. Uma muralha do século XVII, o Forte de Nossa Senhora da Graça, o Forte de Santa Luzia, três fortins do século XIX, o Aqueduto da Amoreira e o Centro Histórico fazem parte do conjunto. Salienta-se, ainda, o Aqueduto da Amoreira. Ocupando uma extensão de 8 km, o aqueduto é outra obra monumental concluída em 1620.

O Castelo de Elvas, o primeiro Monumento Nacional em 1906, começou por ser uma fortificação islâmica e, mesmo reconstruído, perdeu o valor militar na segunda metade do século XIX. Para além do castelo, há outros pontos merecedores de atenção no centro histórico: a Igreja de Nossa Senhora da Assunção/Sé Catedral, de estilo original manuelino e o Largo de Santa Clara. Entre casas brasonadas, a Igreja das Domínicas, com planta octogonal, tem provável inspiração na Ordem Templária.

No Centro de Elvas há muito para ver e para fazer. A Praça da Républica, cheia de vida de dia e de noite, principalmente no verão, é ponto obrigatório para o visitante, com estacionamento subterrâneo. Os amantes de arte têm no Museu de Arte Contemporânea um ótimo exemplo de como a cidade se tem desenvolvido culturalmente. Quando visitar o Museu Militar, descobrirá parte do acervo museológico e patrimonial do Exército Português

Elvas engloba um extenso património arquitetónico religioso, o Santuário do Senhor Jesus da Piedade, construção setecentista, situa-se fora das muralhas e mostra toda a grandiosidade do estilo barroco. Sobre o Rio Guadiana, mandada construir por D. Manuel I em 1510, a Ponte da Ajuda, a 12 km, ligava as localidades portuguesas de Elvas e Olivença. Hoje, encontra-se em ruínas.

Para saborear

A gastronomia alentejana é composta de produtos locais, sabores tradicionais, temperos cheios de sabor, cheiros e memórias. No entanto, as emoções que os pratos despertam associam-se também à cozinha contemporânea, à variedade e à reinvenção.

A Taberna do Adro nasce numa das primitivas casas locais, onde a tradição se alia à qualidade. Aqui saboreiam-se os melhores petiscos da região, trazidos para o presente através de saberes herdados. A loiça é de barro, os pratos de cerâmica cobrem as paredes e as figuras de ceifeiras, touros e campinos enaltecem a decoração.

No centro histórico, num âmbito gastronómico mais inovador, sem esquecer a tradição, sugerem-se o Acontece e o Adega Regional. O ambiente vanguardista faz-se sentir no Acontece, quer pela comida quer pela decoração, estando na mira de diversas celebridades e jornalistas espanhóis. Sugere-se o Naco de Atum Assado na Pedra. O Adega Regional tenta retratar uma adega tipicamente alentejana sob tetos abobadados do século XVII. Na cozinha recriam-se os sabores típicos alentejanos, procurando-se inovar com pratos adaptados às estações do ano, autenticidade da matéria-prima e produtos alentejanos.

A 16 km de Elvas, o restaurante A Bolota orgulha-se de ser considerado um dos melhores restaurantes de Portugal. Todos os clientes são “convidados especiais” para uma viagem gastronómica ao mundo dos sabores tradicionais alentejanos. A calma do Alentejo num ambiente acolhedor, onde se serve bem e recebe ainda melhor.

Alternativas de passeios

O Parque Natural da Serra de São Mamede representa a outra imagem do Alentejo da planície e do tom dourado das searas. Verdejante e propício a passeios na natureza, mostra uma serra com 1025 m de altitude. O seu perímetro engloba Portalegre, Marvão e Castelo de Vide.

Comece por Portalegre. Conheça as tapeçarias murais decorativas com técnica e ponto de Portalegre, autênticas obras de arte. 

Dirija-se para a medieval e encantadora vila de Marvão. Passeie pelas ruas e das muralhas aprecie a paisagem do alto.

Siga para Évora, Capital do Megalitismo Ibérico. A capital do distrito tem muito para lhe oferecer em termos históricos. Visite o famoso Templo Romano, cujas bases e capitéis são de mármore de Estremoz.

Pare em Estremoz, onde o branco do mármore e das casas caiadas lhe valeram o nome de Cidade Branca. O castelo foi o local onde faleceu a Rainha Santa Isabel e a cidade é excelente em vinhos.

Conheça Vila Viçosa, também no distrito de Évora, que viu nascer a quarta dinastia portuguesa e presenteia com beleza e riqueza do património do Alentejo central.

Em Castelo de Vide encontra uma judiaria (um bairro judeu) bem preservada. Spinoza, famoso filósofo holandês, era filho de judeus habitantes em Castelo de Vide. Na Páscoa, as celebrações misturam as duas crenças.

Por fim, não perca Reguengos de Monsaraz, cidade desde 2004, e faça a Rota da Oliveira ou visite a Herdade do Esporão. Não confunda com Monsaraz, uma freguesia de Reguengos, que lhe oferece uma vista belíssima da planície e é uma verdadeira pérola medieval.

Muralhas seiscentistas

Em Elvas vive-se entre muralhas - as maiores fortificações abaluartadas do mundo, um exemplo original do século XVII. São únicas, muito bem conservadas e estendem-se por 300 hectares, com um perímetro entre oito e dez quilómetros. O acesso à cidade é feito por três portas duplas: Porta de Olivença, Porta de São Vicente e Porta da Esquina, com decorações bélicas, entre outras poternas (portas secundárias dissimuladas nas muralhas). 

Na época seiscentista, a cidade teve de ser alvo de refortificação militar, pois não assegurava a defesa devido à sua verticalidade. Esta Fortaleza teve um papel importante na Guerra da Restauração (1641-1668), quer para a cidade raiana, quer para o destino do país. Hoje é constituída por sete baluartes, quatro meios baluartes e um redente, ligados entre si por cortinas, constituindo doze frentes.

As fortificações de Elvas foram projetadas pelo padre holandês João Cosmander e representam o melhor exemplo de arquitetura militar da escola holandesa que sobreviveu até hoje.

Outras recomendações

A antiga fábrica de Frutas Doces (1919), hoje Fábrica Museu da Ameixa, é a mais antiga fábrica de ameixas de Elvas. Mantém a tradição das melhores frutas secas em calda produzidas de acordo com receitas seculares, usando exclusivamente ameixas Rainha-Cláudia dos pomares da região. A visita leva até ao início do século XX e ao trabalho numa pequena indústria artesanal. Conheça a confeção, a história e a importância desta atividade económica no desenvolvimento da cidade. Por fim, passe pela loja, onde pode adquirir diversos produtos manufaturados.

Construída entre 1703 e 1705, a Casa das Barcas surgiu como solução para os preparativos da Guerra de Sucessão Espanhola, armazenando as barcas das operações militares. Posteriormente, serviu como prisão política e foi o primeiro teatro e sala de cinema da cidade. No século XXI foi reabilitado e transformado em Mercado Municipal. Localizado no centro da cidade de Elvas, guarnece a cidade de produtos frescos, regionais e biológicos, num salão de três naves com 24 colunas de alvenaria.

Comemorações do 14 de janeiro

Em finais de Outubro de 1658, as forças castelhanas cercaram Elvas na esperança de a tomar, logo após a retirada do exército português de Badajoz, cidade espanhola que tinham tentado capturar, sem sucesso, nos meses anteriores. A 14 de janeiro deu-se a batalha que desalojou os infantes espanhóis de vários pontos fortificados construídos ou ocupados em redor da cidade. Foi esta batalha que marcou a independência de Portugal e que marca, neste dia, o feriado municipal de Elvas, que conta com diversas celebrações.

As comemorações da Batalha das Linhas de Elvas (com mais de 360 anos) arrancam ao início da manhã com a cerimónia do hastear das bandeiras no edifício dos Paços do Concelho, onde se conta com a presença de todo o executivo municipal e dos presidentes das Juntas de Freguesia do concelho. Segue-se a cerimónia militar (desfile coreográfico) junto ao Padrão da Batalha das Linhas de Elvas, no sítio dos Murtais, para homenagear os mortos em combate. As comemorações do feriado municipal culminam ao final da tarde, na antiga Sé, com a celebração do Te Deum de Acção de Graças.

Sugestão de itinerários

Itinerário 1: 317 km | 4h48

Elvas - Portalegre - Marvão - Cast. Vide - Évora - Monsaraz - Elvas

Itinerário 2: 202 km | 3h01

Elvas - Vila Viçosa - Estremoz - Castelo de Vide - Elvas

 

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