Consulta do viajante e assistência médica em viagem

A primeira protege antes da partida. A segunda protege durante a viagem.

Não importa se vai de férias ou em viagem de negócios. As borboletas no estômago ao viajar para um local longínquo são normais. Por outro lado, se é daquelas pessoas que adormece antes do avião sair da pista sabe, por experiência própria, que viajar milhares de quilómetros não é bem o mesmo que apanhar o autocarro para a praia.

Além de todos os cuidados a ter com a documentação e com o que vai levar na bagagem, não se esqueça que transporta consigo outro bem precioso: a saúde. E, caso viajem consigo, a da sua família. Por isso, antes de partir, é essencial marcar uma consulta do viajante para ficar a conhecer o que o espera na viagem. Porque enquanto estiver fora, o ACP também o acompanha, para que as suas férias sejam inesquecíveis e em segurança.

A importância da consulta do viajante

Por muito aventureiros que possamos ser, todos gostamos de saber o que vamos encontrar no destino de viagem. Onde ficar, o que comer, o que visitar. Mas também, que cuidados de saúde a ter. A água da torneira é potável? O gelo é seguro? E as saladas, são lavadas com água potável? Todas e estas questões são abordadas na consulta do viajante, incluindo:

  • Vacinação ou a toma preventiva de medicação contra várias doenças de risco baixo ou inexistente em Portugal.
  • Informação sobre higiene individual e cuidados a ter com alimentos e água.
  • Aconselhamento e prescrição da farmácia do viajante que a levar em viagem.
  • Informações sobre assistência médica, riscos de acidentes e segurança, de acordo com o destino.

Todas os indivíduos saudáveis devem fazer esta consulta antes de uma viagem. E é especialmente aconselhada a grávidas, crianças, idosos e portadores de doenças crónicas.

Quando deve ser marcada a consulta do viajante

Idealmente, um a dois meses antes da viagem. Mas imagine que se esqueceu e está a menos de um mês da viagem. Continua a valer a pena marcar? Claro que sim! Um bom exemplo prende-se com a profilaxia da malária. Se vai para um destino onde a doença seja endémica, mais vale ir a uma consulta e tomar a medicação do que não ir de todo.

Viagem marcada, vacinas em dia

Dependendo do destino de viagem, podem ser recomendadas ou obrigatórias, vacinas específicas. Acima de tudo, deve garantir que:

  • As crianças e jovens até aos 18 anos tenham as vacinas do Programa Nacional de Vacinação em dia;
  • Os adultos tenham atualizadas as vacinas contra o tétano, difteria e sarampo.

Além destas, e consoante o destino, existem ainda recomendações para a toma das seguintes vacinas:

  • Norte de África: febre tifoide, raiva, hepatite A e B;
  • África Central: febre tifoide, meningite, raiva, poliomielite, febre-amarela, hepatite A e B;
  • África Subsariana: febre fitoide, poliomielite, raiva, hepatite A e B;
  • Médio Oriente: meningite, raiva, febre tifoide, hepatite A e B;
  • China: febre tifoide, hepatite A e B;
  • Índia e Sudoeste Asiático: febre tifoide, encefalite japonesa, raiva, poliomielite, hepatite A e B;
  • América Central: raiva, hepatite A e B;
  • América do Sul: febre amarela (algumas regiões do Brasil e da Venezuela), raiva e hepatite A e B;
  • Europa Central: encefalite transmitida por carraça.

Nota: a vacina contra a febre amarela deve ser tomada pelo menos 10 dias antes da viagem.

Longas viagens de avião

Se viajar para um país longínquo prepare-se para passar várias horas a bordo. Um bom livro, uma almofada para o pescoço, roupa larga e confortável são essenciais. Nas viagens de longa duração, é extremamente importante que se levante regularmente, dê alguns passos no corredor e que faça pequenos exercícios sentado:

  • Levante a ponta dos dedos sem levantar os calcanhares;
  • Estique mãos e braços ao máximo bem acima da cabeça;
  • Contraia a barriga e os glúteos;
  • Alongue as pernas. 

Deverá ainda beber muita água pois os voos (e sobretudo os longos) conduzem à desidratação e. Evite bebidas alcoólicas e opte por refeições leves e de fácil digestão. Durma bem nos dias anteriores à partida e o máximo que conseguir durante o voo.

Se toma medicação para uma doença crónica, como a diabetes, é aconselhável que leve na sua bagagem de mão tudo o que precisa para as horas que irá passar a bordo. Do mesmo modo, deve acautelar-se para os dias em férias ou em trabalho, e transportar consigo a medicação e a dosagem para a duração da viagem.

A Autorização Médica para Embarque (MEDIF) é um impresso que deve solicitar à sua companhia aérea antes de viajar, para que seja preenchido pelo seu médico assistente.

Assistência médica no estrangeiro ACP

Quer a Direção-Geral da Saúde, quer o Ministério dos Negócios Estrangeiros recomendam a quem viaja um seguro de viagem. Uma solução que garante tranquilidade a toda a família, quando se está a milhares de quilómetros de casa. Os sócios ACP com assistência em viagem estão salvaguardados com esta “rede de segurança”, para que não tenham que se preocupar com mais nada do que desfrutar do descanso merecido. São várias as vantagens:

  • Em caso de acidente ou doença súbita, o ACP garante os custos com consultas ou tratamentos, farmácia, cirurgias e hospitalização, até 7.500€, desde que previamente autorizadas pelo clube, mediante a apresentação dos respetivos justificativos;
  • São assegurados os custos de transporte em ambulância, ou outro, até à clínica ou hospital mais próximo e de repatriamento sanitário;
  • Em caso de internamento hospitalar do sócio, o acompanhante beneficia de despesas pagas pelo ACP, até ao limite de 500€ (100€/dia). Caso o internamento ultrapasse os 10 dias, o ACP assegura as despesas de transporte para Portugal do sócio hospitalizado;
  • O repatriamento devido a doença grave de familiar também está assegurado;
  • Caso não estejam disponíveis no destino de férias os medicamentos que o sócio necessita, o ACP encarrega-se do respetivo envio, ficando o sócio responsável pelo custo dos mesmos e das eventuais despesas alfandegárias.

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O conteúdo deste artigo tem caráter informativo e não dispensa a consulta do seu médico.
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