NOTA - Os concelhos abrangidos, cujos elementos de património não são aqui referidos, estão já tratados noutras hipóteses de Fins de Semana.
AVEIRO é a nossa Veneza, atravessada por uma série de canais, entre o Rossio e a Estação dos Caminhos de Ferro. Ficando próxima do mar e da Ria, é beneficiada com uma luminosidade especial. Simultaneamente, essa mesma proximidade determinou a sua ligação às artes da pesca, da extração de sal e do comércio marítimo.
A estabilização da barra e a chegada dos comboios, no Séc. XIX, fomentaram o desenvolvimento e como tal, o aparecimento de bonitas casas Arte Nova que permanecem ainda, belas, na zona do Rossio, ao longo do canal. No decorrer dos tempos outros arquitetos famosos deixaram a sua obra nesta cidade em permanente crescimento. Tem, também muito outro património, da sua História mais longínqua, como o Convento de Jesus, onde hoje está instalado o Museu Municipal, a Igreja da Misericórdia e a das Carmelitas.
Ainda de salientar a Fábrica de Cerâmica Campos, que hoje é o Centro Cultural.
- Sé Catedral de Aveiro ou Igreja de S. Domingos - com abóbadas artesoadas
- Igreja da Misericórdia - Séc. XVI, renascentista, com interior revestido a azulejos. O exterior apresenta também belos azulejos
- Igreja Paroquial de Vera Cruz - foi construída no Séc. XVII, sobre uma capela dedicada a S. Gonçalo e restaurada no seguinte. No interior imagens, tanto da altura da construção como do restauro, e magníficas talhas douradas. A fachada apresenta duas imagens, em azulejos.
- Capela do Senhor das Barrocas - pequena capela, cuja construção se iniciou em 1722, é constituída por duas partes diferenciadas - a nave de planta octogonal e a capela-mor, com planta retangular. O pórtico é uma magnífica construção barroca. De notar que o arquiteto autor desta capela é o mesmo que projetou a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra.
-Mosteiro de Jesus ou Museu de Santa Joana ou Museu de Aveiro - ali está instalado o túmulo de Santa Joana Princesa
- Igreja do Convento de Stº António ou Capela da Ordem Terceira de S. Francisco - de notar os claustros e anexos conventuais
- Antigo Hospital de Aveiro
- Casa da Cooperativa Agrícola de Aveiro, edifício Arte Nova, na R. João Mendonça
- Igreja do Convento do Carmo, com belo recheio de arte sacra
- Casa do Seixal e Capela da Madre de Deus ou Primitiva Casa e Capela de Nicolau Ribeiro Picado
- Casa Paris, Ourivesaria Matias, Pastelaria Avenida, todas nestes edifícios
- Centro Comunitário de Vera Cruz, na Rua de Sá
- Casa da Rua Tenente Resende, atual pensão e restaurante Ferro
- Casa do Major Pessoa, edifício Arte Nova, na Rua Dr. Barbosa Guimarães.
- Teatro Aveirense
- Edifício da Capitania - Fica no Canal do Cojo, em Aveiro, e está assente num conjunto de arcos. Era, inicialmente, um moinho de maré que, no século XX, foi alvo de uma forte reconstrução tendo ficado com o aspeto que conserva atualmente. Durante várias décadas serviu de Capitania do Porto de Aveiro, daí o nome que lhe está associado. Nos anos 90 as fundações do edifício começaram a dar sinais de fraqueza, devidos às construções que foram sendo edificadas, nas imediações, apresentando mesmo uma grande inclinação. Temeu-se que este ex-líbris da cidade tivesse de ser demolido mas, algumas figuras públicas, sensíveis à beleza e importância do edifício, demonstraram o seu descontentamento em relação a esta ideia, nomeadamente Carlos Candal, Siza Vieira e Jorge Sampaio. Assim, a Câmara adquiriu o imóvel e começou com as obras de restauro, salvando este magnífico edifício, património aveirense e nacional. Hoje é sede da Assembleia Municipal, embora continue a ser designado por Edifício da Capitania
- Praça do Peixe - Exemplo da arquitetura do ferro em Aveiro, fica numa das zonas mais características da cidade de Aveiro. Foi construída em 1904 para funcionar como mercado, devido a uma ótima localização, mesmo ao lado do Canal dos Botirões. Hoje em dia é nesta zona que se concentra grande parte da diversão noturna da cidade de Aveiro
- Ria de Aveiro - A Ria de Aveiro faz indubitavelmente parte do património natural da cidade de Aveiro. A sua formação ficou a dever-se ao recuo do mar que, a partir do século XVI, formou um dos mais belos acasos hidrográficos da costa de Portugal. Esta ria conta com onze mil hectares de área, dos quais seis mil estão constantemente inundados. Os seus canais ramificados em esteiros rodeiam as inúmeras ilhotas que por ali surgiram. Nesta ria desaguam imensos rios, tais como o Vouga, o Boco, o Antuã e o Fontão. A sua única ligação ao mar é feita através de um canal entre a Barra e São Jacinto, possibilitando assim, o acesso de embarcações de grande porte ao Porto de Aveiro. Em termos de fauna e flora, esta ria é riquíssima, sendo que possui grandes planos de água propícios à prática de uma diversidade de desportos náuticos. Para além disso, a tradição da produção de sal através de técnicas milenares ainda subsiste na ria de Aveiro, sendo um marco fundamental desta cidade
- Pelourinho de Esgueira
- Igreja Matriz de Esgueira
AZAMBUJA - este concelho marca a divisão, em termos de acessibilidades, entre a Área Metropolitana de Lisboa e o Norte, com a Lezíria do Tejo e a respetiva ruralidade mesmo ali à mão de semear. Beneficiando destas extraordinárias condições naturais e ambientais, é extremamente atrativa para qualquer um.
Dispõe de bastante património de interesse histórico-cultural e artístico, que a História e seus interveniente se encarregaram de lhe deixar. Descobrir Azambuja é o que é proposto, e também a possibilidade de usufruir de um leque de produtos turísticos diferenciados, adequados às suas motivações, que, com certeza, se traduzem num conjunto de experiências inesquecíveis.
- Igreja do Senhor Jesus da Misericórdia - A igreja da irmandade do Senhor Jesus da Misericórdia de Azambuja é um monumento da arquitetura religiosa da vila, classificado como monumento de interesse nacional, de grande valor histórico, patrimonial, cultual e assistencial. Foi construída entre os Sécs. XIII e XIV, pelos confrades do Espírito Santo, imbuídos do espírito da Rainha Stª Isabel - fundaram, na Azambuja, a confraria e hospício medieval da invocação do Espírito Santo. Os confrades são vocacionados para o apoio a peregrinos, viandantes e doentes pobres e, durante os primeiros cem anos da sua existência na Vila, a primeira e única instituição com fins culturais e assistenciais
- Igreja Matriz Santa Maria de Azambuja - Edifício de arquitetura religiosa, a Matriz de Santa Maria de Azambuja foi edificado no séc. XVI, segundo o Maneirismo Português, Estilo Chão e posteriormente enriquecida com talha dourada, no final do mesmo século e inicio do seguinte. Especial atenção para o portal sul voltado para a Praça. Na mesma linha, os azulejos que cobrem as paredes e a pintura do retábulo, sobre madeira, da "Árvore de Jessé", no altar de Nª Srª do Rosário, que data de 1595 e é da autoria de Simão Rodrigues. De salientar também uma pintura a óleo, sobre tela, do "Calvário", no altar do Sr. Jesus das Chagas, com estudo de perspetiva de André Reinoso ou a sua
- Pelourinho da Azambuja - classificado como de Interesse Púiblico, de estilo manuelino, data dos princípios do Séc. XVI, possivelmente depois da confirmação do "foral novo", de 1513. Foi desmantelado em meados do Séc. XIX e reerguido na Praça do Município, na 2ª metade do Séc. XX.
- Marco da Légua - Azambuja - de Interesse Nacional, construído no Séc. XIX, este Marco da Légua da Azambuja, colocado na EN3, a poente da Sede do Concelho, marca a 8ª légua do percurso Lisboa - Santarém, por estrada. Foi colocado pela Câmara Municipal, em 1884.
- Estalagem das Obras Novas e Vala Real de Azambuja - Lezíria de Azambuja
Na Foz da Vala Real podem ver-se as ruínas de um edifício de finais do séc. XVIII, início do Séc. XIX, que é conhecido por Palácio das Obras Novas. Esta denominação está provavelmente relacionado com o facto de ter existido um plano de Obras Novas, nomeadamente de uma rede de canais para o enxugo dos campos de Azambuja e Santarém, destinado a aproveitar os excelentes recursos existentes e assim dinamizar a economia. Foi construída a Vala Nova, hoje Vala Real, de Azambuja por ordem de Marquês de Pombal, obra iniciada no reinado de D. José e concluída no tempo de D. Maria.
A Estalagem das Obras Novas, localmente conhecida como Palácio da Rainha, funcionou como um posto de controlo do tráfego de embarcações, de pessoas e de mercadorias, que transitavam através da Vala Real. Destacou-se ainda pela importante tarefa de funcionar como entreposto e estalagem de apoio à antiga carreira de vapores que faziam o circuito Lisboa / Vila Nova de Constança.
A sua envergadura e a beleza da área envolvente, com destaque para uma extensa alameda ladeada por palmeiras, ajudam a compreender os motivos que levaram várias figuras da nobreza, entres os quais, o Rei D. Carlos e o Príncipe Luís Filipe, a passarem ali alguns períodos de descanso, dedicando-se às atividades cinegéticas que a respetiva zona tinha para oferecer aos seus visitantes
VILA FRANCA DE XIRA - terra de touros, toureiros, cavalos, campinos, aficionados... e de Alves Redol, avieiros, Café Central!
Á beira Tejo, os montes atrás e, do outro lado do rio, a lezíria, o gado de lide, os cavalos e os campinos que, com mestria os dominam. A tradição taurina e a sua história está visível por toda a cidade, dos restaurantes às casas tauromáquicas e também na Casa Museu Mário Coelho - onde nasceu o toureiro do mesmo nome - ponto de visita obrigatório, que mostra os troféus ganhos pelo toureiro. A Festa do Colete Encarnado é a prova de todo o interesse que as tradições referidas têm nos naturais de Vila Franca e nos milhares de visitantes que aí se deslocam no período das Festas.
- Igreja da Misericórdia - fica no largo do mesmo nome e foi fundada no Séc. XVI. No interior, dispõe de de inúmeras obras de arte sacra, com destaque para um importante conjunto de azulejos de 1760, retratando as Obras da Misericórdia
- Igreja de Nossa Senhora de Alcamé - em plena Lezíria, é da autoria de José Manuel de Carvalho e Negreiros e data de meados do Séc. XVIII. No interior tinha, como motivo de grande interesse o retábulo da altar-mor, dedicado a Nossa Senhora da Conceição.
- Igreja do Mártir Santo São Sebastião - na entrada Norte da cidade, foi fundada pelo rei D. Sebastião, em 1576, devido à 'Peste Grande' de 1569. Esta calamidade deu origem à construção de várias capelas devotadas a S. Sebastião. Na capela-mor, de notar o retábulo rocócó, em talha dourada e policromada e o teto em abóbada de canhão com estuque pintado. Foi adaptada, em julho de 2001, a Núcleo Museológico de Arte Sacra, contendo, no seu espaço expositivo, a exposição 'Vila Franca de Xira – Formas de Devoção' que, entre outros objetos, apresenta a Coleção Antoniana do Dr. Vidal Baptista, diversos registos de devoção e materiais de arqueologia
- Museu Municipal - edifício setecentista, que sofreu bastantes obras de adaptação, de modo a acolher os serviços do Museu Municipal - foi construído em 1755 e passou por várias modificações, ao longo dos anos, como a da construção da capela devotada a Nª Srª do Monte do Carmo.Dispõe de salas para exposições temporárias e uma outra que alberga a exposição permanente, denominada "Vila Franca de Xira - Tempos do Rio, Ecos da Terra, que pretende promover a História e o património da cidade e do Concelho, das primeiras comunidades pré-históricas até ao séc. XX.
- Palácio do Farrobo - fica no limite de Vila Franca, a NW. Foi construído no séc. XIX e pertenceu ao 1º conde de Farrobo. O palácio tinha um pequeno teatro no qual chegaram a atuar companhias de ópera italianas.
- Celeiro da Patriarcal - é da autoria de José Custódio de Sá e Faria, foi construído em meados do século XVIII, para a Igreja Patriarcal de Lisboa, encontrando-se em vias de classificação. De salientar, no seu exterior, o portal de entrada que emoldura a porta de madeira almofadada e o frontão triangular que encima a sua fachada principal. Funciona, desde há alguns anos, como local de realização de exposições temáticas.
- Monumento ao Campino - foi inaugurado em 10 de julho de 1982, no 50.º aniversário da Festa do Colete Encarnado. É da autoria do escultor Domingos Soares Branco - apresenta o cavalo “empinado“, numa atitude de defesa natural e pretende exaltar a emoção da investida do touro, e a mestria do manejo da vara, essencial no trabalho dos campinos
- Monumento ao Toureiro - fica no centro da cidade, junto à estação da CP e constitui uma homenagem aos que conseguem, com a arte do toureio, manipular o touro e levá-lo onde pretendem
- Monumento ao Forcado - monumento erigido para comemorar os 75 anos do Grupo de Forcados Amadores de Vila Franca de Xira - representa toda a força, movimento e risco que representa uma pega.
- Casa Museu Mário Coelho - onde o toureiro nasceu e viveu, que alberga fotos, troféus e os seus trajes de luzes.
- Praça de Touros Palha Blanco - esta praça de touros comemorou um século em 2001. Em 1905 o Rei D. Carlos deslocou-se a esta praça, honrando uma grande corrida com a sua presença