Entreter as crianças nas viagens de carro

Dicas para uma tarefa simples e até divertida

Todos os anos, milhões de pessoas viajam de carro durante as férias, seja para se  reunirem com as famílias em vários pontos do País, seja para uns merecidos tempos de lazer.

E, em muitos casos, são longas horas de viagem com crianças a bordo. Entretê-las durante o trajeto pode ser uma tarefa simples desde que se adotem alguns truques.

Além do barulho do motor, há uma outra cantilena que marca presença nas viagens de carro com crianças: “Já chegámos? Falta muito?”. Esta falta de paciência infantil pode até tornar-se num fator de stress para quem conduz, mas há estratégias para sossegar as crianças e, quiçá, tornar a viagem num aprazível momento familiar.

Se é o único adulto presente na viatura, e por isso não pode tirar os olhos da estrada, vai ter mesmo de entreter as crianças de forma passiva, isto é, vai ter de recorrer à imaginação e aos livros, embora ler dentro do carro possa potenciar o enjoo.

Para a próxima viagem de carro em família ficam algumas sugestões:

Gala dos cantores – é uma espécie de karaoke em família, com músicas que as crianças conhecem.

Eu vi primeiro – a ideia é definir um objeto que surja com frequência na estrada (automóveis de determinada marca, sinais de trânsito, cores, etc.), ganhando aquele que mais vezes o assinalar.

Detetive da estrada – com um mapa na mão, as crianças vão identificando os locais por onde passam e qual a distância que ainda falta ou já percorreram.

Contar uma história a meias – um dos passageiros começa a contar uma história, passando a vez ao seguinte, que a tem de continuar.

Jogo da adivinha – as crianças têm de adivinhar coisas como “quantas pessoas vão naquele carro?”, “o condutor é homem ou mulher”, entre muitas outras perguntas possíveis.

Importante também é planear a viagem de forma a prever paragens que permitam às crianças esticar as pernas, ir à casa de banho, apanhar ar ou comer.

Qual o lugar mais seguro para transportar as crianças?

O local mais indicado para o transporte de uma criança num automóvel é no assento de trás, no lugar do meio. A razão para esta escolha é porque aquele lugar oferece mais proteção à criança no caso de acontecer um impacto lateral durante a viagem, ao mesmo tempo que providencia também uma boa distância da parte da frente e da parte de trás do automóvel.

Mas seguir esta recomendação pode ser uma tarefa com alguns obstáculos, resultantes das caraterísticas de fabrico da maior parte das viaturas. É que muitos fabricantes de automóveis não prevêem nos seus modelos o uso do sistema Isofix naquele lugar em particular, o que obriga a recorrer ao cinto de segurança para instalar o sistema de retenção para crianças. Aqui pode surgir um segundo obstáculo: o cinto de segurança a usar para prender a cadeira terá de ser dos de três pontos de apoio (os mais usados nos restantes lugares do automóvel).

A questão é que muitas vezes o cinto ali usado pelos fabricantes é daqueles dos chamados pélvicos, isto é, é um cinto de dois pontos, que só passa pela cintura do passageiro, não permitindo a instalação de uma cadeira para criança.

Se o seu automóvel tiver estes dois obstáculos ao sistema de retenção de crianças no lugar do meio, resta-lhe sentar a criança no lugar tradicional, que é no banco de trás, do lado direito, atrás do copiloto.

Transporte a criança no sentido contrário ao da marcha

A maneira mais segura de transportar uma criança, pelo menos até aos dois anos, é virada nos entido contrário ao da marcha. Este posicionamento da criança permite reduzir largamente os riscos de lesão no pescoço, ou mesmo a morte, em caso de acidente.

incorreto

correto

O principal risco de transportar as crianças no sentido da marcha é o “efeito-chicote”: a cabeça das crianças, naquela faixa etária, representa em média 20% do peso total e, em caso de impacto; a zona do pescoço é submetida a forças intoleráveis, sendo aqui onde se regista a maioria das lesões por acidente rodoviário.

scroll up