Para quem chega ao universo da mobilidade elétrica, há uma questão que se revela incontornável: a experiência de conduzir um carro elétrico é muito diferente do habitual? De facto, em comparação com os veículos convencionais, a eletrificação apresenta um conjunto de particularidades que é preciso ter em conta, na hora de assumir o volante. Para o apoiar neste processo de adaptação, garantindo todas as condições de segurança, é importante reter algumas dicas essenciais. Saiba quais.
O que é preciso saber antes de conduzir um carro elétrico?
Tendo em consideração que os veículos elétricos não dispõem de caixa de velocidades, a complexidade associada à condução revela-se menor do que numa viatura com transmissão manual. Todavia, há precauções a ter em mente.
Embora a condução de um carro elétrico possa ser efetuada sem grandes adaptações — comparativamente com a dos carros a gasolina ou a diesel — a verdade é que podem surgir problemas de segurança. Além disso, sem uma condução adaptada, perdem-se algumas das principais potencialidades inerentes a estes automóveis. Comecemos pelas especificidades subjacentes à aceleração.
1 - Acelerar com suavidade
Para conduzir um carro elétrico com precaução, é imprescindível ter em consideração uma das principais características destes veículos: o binário máximo encontra-se disponível no preciso momento do arranque. Assim, ao contrário dos carros com motor de combustão interna, a potência da viatura fica disponível, na sua totalidade, assim que se pisa o acelerador.
O primeiro contacto com esta característica pode causar estranheza — sobretudo se acredita no mito de que estes veículos são tendencialmente mais lentos. Caso não tenha cautela, o arranque pode revelar-se demasiado brusco, atingindo velocidades elevadas em poucos segundos.
A suavidade é a peça-chave. Uma vez que o binário máximo está disponível desde os 0 km/h, basta um ligeiro toque no acelerador para dar início à marcha. Além de se tratar de uma prática mais cuidadosa, permite poupar bastante energia e aumentar a autonomia do veículo.
2 - Conduzir um carro elétrico numa lógica defensiva
O poder de aceleração dos veículos elétricos não se expressa somente aquando do arranque. A célere capacidade de resposta dos motores elétricos garante um bom desempenho na aceleração. Além disso, a disposição da bateria — por norma, debaixo do piso do habitáculo — garante uma dinâmica de condução mais estável, fruto de um centro de gravidade mais baixo.
Desse modo, raramente é necessário pressionar o pedal com força. Além de ajudar a preservar a autonomia do automóvel, a aceleração progressiva viabiliza uma condução defensiva e, por isso, mais segura. A antecipação dos obstáculos e das diferenças ao longo do percurso permite evitar situações potencialmente perigosas e otimizar a energia disponível. Nos elétricos, isto é ainda mais notório, atendendo às potencialidades da travagem regenerativa.
3 - Carregar o veículo em andamento
Para conduzir um carro elétrico com o máximo de eficácia é fulcral ter em conta as potencialidades do sistema de regeneração de energia. Existem duas estratégias para beneficiar desta funcionalidade:
- Soltar o acelerador, aproveitando o embalo do carro para manter a marcha (de notar que, em modos de regeneração de energia mais acentuados, o sistema pode atuar como se de uma travagem se tratasse).
- Pressionar o pedal do travão.
Com efeito, quando o sistema de travagem regenerativa é aproveitado adequadamente, torna-se possível poupar e recarregar energia em andamento, incrementando a autonomia. Para isso, é necessário, por exemplo, permitir que o carro prossiga livremente, quando há a tendência para continuar a acelerar. O aproveitamento das descidas é decisivo. Similarmente, o “para-arranca” das cidades pode revelar-se bastante vantajoso (não esquecendo que, abaixo dos 15 km/h, a capacidade de regeneração é bastante menor).
Estes preceitos (associados à rentabilização da inércia, por exemplo) tornam-se, com o hábito, intuitivos ao conduzir um carro elétrico. Promovem um comportamento mais tranquilo e prudente na estrada, contribuindo para a diminuição da probabilidade de acidentes.
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