Com efeitos a partir de 5 de julho, as tarifas impostas às marcas chinesas levaram a uma antecipação nas vendas em junho, a um recorde de vendas destes construtores e, ao que parece, a uma queixa da China junto da Organização Mundial do Comércio.
Cerca de um mês depois da entrada em vigor destas tarifas, a China cumpriu com o que havia anunciado e avançou com uma queixa formal junto da Organização Mundial do Comércio sobre a decisão da União Europeia (UE).
Segundo o ministério do comércio chinês, o objetivo desta queixa entregue a 9 de agosto ao sistema de resolução de litígios da Organização Mundial de Comércio é salvaguardar os direitos e interesses de desenvolvimento da indústria de automóveis elétricos chinesa.
Em declarações, um porta-voz daquele ministério afirmou: “apelamos à UE que corrija imediatamente os seus erros, e, que em conjunto, salvaguarde a cooperação comercial entre a China e a Europa, bem como a estabilidade da cadeia de fornecimento dos 100% elétricos.”
Segundo o mesmo porta-voz, “o julgamento na conclusão provisória da UE carece de fundamento factual e legal. Violou gravemente as regras da OMC e prejudicou a cooperação global no combate às alterações climáticas.”
Além da queixa à Organização Mundial de Comércio, a China prepara já outras possíveis respostas às tarifas impostas pela UE, ponderando até penalizar as exportações da UE no setor alimentar.
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Recorde-se que as tarifas atualmente aplicadas são provisórias. Para que passem a definitivas (durante um período mínimo de cinco anos) terão de ser aprovadas numa votação que decorre no próximo mês de novembro.
Nesta votação final terá de haver uma maioria qualificada de 15 países membros, ou seja, que representem 65% da população da UE.