Nos anos 50 numa quinta na Amadora vivia o pequeno Amilcar Liziário, que desde cedo gostava de automóveis. Atento a esta paixão, o avô paterno ofereceu-lhe um Bugatti a pedais com o qual passava os seus tempos de brincadeira.
No dia 31 de janeiro de 1951 por iniciativa do jornal ‘A Bola’ foi promovida uma corrida de automóveis sem motor. Com a bertura de inscrições, o pequeno Amílcar convenceu o seu pai a participar e decidem inscrever o Bugatti com o nº 3 na Rampa do Parque Eduardo VII. No final da prova, conquistou o 3º lugar.
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O piloto e a família ficaram tão motivados com o resultado que decidiram por mãos à obra para criar uma nova máquina ao estilo de um F1 da época, em que do Bugatti apenas se aproveitaram as rodas. No ano seguinte, a 1 de junho de 1952 com o nº 13, Amílcar não podia estar mais feliz porque mesmo antes de iniciar a corrida, o seu bólide já tinha conquistado o Prémio Elegância, para depois na pista chegar ao 1º lugar e vencer a prova.
Sete décadas depois, o carro que foi totalmente restaurado rumou ao sul e está em exibição no Autódromo do Algarve com relíquia e peça de coleção.