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Honda Jazz Crosstar reafirma trunfos na era híbrida

| Revista ACP

Há mais de 20 anos que o Jazz se tornou o ponta de lança da Honda nas cidades, e com esta atualização promete continuar.  

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No caso do Honda Jazz Crosstar, a palavra “atualização” é muito mais correta do que “facelift”, pois a introdução do sistema híbrido é um passo expectável para uma marca que tem apostado tanto nesta tecnologia. Já as alterações de design exterior se limitam a um renovar da grelha dianteira, para-choques reestilizados e uma alteração dos faróis. Isto aplica-se tanto ao Jazz Crosstar, como aos modelos Jazz normais

O sistema e:HEV combina dois motores elétricos, uma bateria e um motor a gasolina de 1,5 litros e quatro cilindros com uma transmissão de relação variável, é um tipo de propulsão que em qualquer Honda funciona com uma eficiência próxima dos seus impressionantes números oficiais. No Crosstar, esse valor é de 4,8 l/100km e 110g/km de CO2, isto apesar de a potência ter aumentado de 110 cv para 122 cv.

Em andamento, este Jazz Crosstar faz lembrar um carro totalmente elétrico, pela suavidade e linearidade do desempenho, para não falar da ausência de ruído de combustão. Isto deve-se ao facto de o Jazz funcionar muitas vezes em modo elétrico numa condução a baixa velocidade e, se não for esse o caso, por estar a funcionar em modo híbrido, com o segundo motor elétrico a funcionar efetivamente como um gerador para carregar a bateria. E de novo o elogio aos motores híbridos da Honda, que apresenta um grupo motopropulsor que decide instantaneamente qual o modo de funcionamento ideal, não exigindo qualquer adaptação ou cuidado prévio por parte dos utilizadores de antigas versões do Jazz. Tudo isto graças a mais de quatro décadas de investigação no capítulo dos híbridos, sobretudo nos últimos 25 anos, quando a marca lançou o seu primeiro híbrido de produção na Europa, em 1999, o revolucionário Insight. 

O outro resultado é a economia de combustível: mesmo num percurso de teste em estradas mistas que inclua alguma condução mais entusiástica, o Jazz apresentou bons resultados, apenas rivalizados por um concorrente de peso como o Toyota Yaris híbrido.

Tal como o Yaris, o Jazz tem um comportamento de condução plano e talvez mais firme do que seria de esperar - mesmo no caso do Crosstar, que está 37 mm mais alto do que o habitual, devido a algum curso extra da suspensão. De um modo geral, é suficientemente confortável, mas ainda lhe falta alguma sofisticação, particularmente na forma como absorve as trepidações em pisos mais irregulares.

 

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Outra vantagem é a amplitude do interior: os condutores altos ficarão satisfeitos e a traseira é igualmente apropriada para adultos, o que nunca é um dado adquirido num citadino, enquanto a bagageira é grande e, como sempre, os bancos traseiros rebatem.

Em termos de interiores, apenas algumas cores de materiais foram alteradas, o que é bom já que os designers de interiores da Honda estão atualmente na sua melhor fase. Todos os materiais têm um aspeto elegante e agradável, é possível controlar a climatização quase subconscientemente, graças aos botões e mostradores, e o sistema de infoentretenimento com ecrã tátil está bem colocado no painel de instrumentos, tem uma disposição de software sucinta e não apresenta falhas, com ligação a Android e Apple.

A isto se junta muita tecnologia como sensores de estacionamento (dianteiros e traseiros); câmara traseira de auxílio ao estacionamento; faróis em LED; sistema de assistência à manutenção na faixa de rodagem e sistema inteligente de arranque e acesso sem chave e até bancos dianteiros aquecidos, o que justifica um preço na ordem dos 33 mil euros.

Sendo os condutores do Jazz conhecidos por quererem uma súmula de conforto, facilidade de utilização, preço acessível e fiabilidade, é isso que vão continuar a ter com este Crosstar.

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