Foi revelado em Portugal a nova geração do Renault Espace, o que era conhecido por monovolume agora assume nesta sexta geração a identidade de um SUV, com uma altura ao solo mais elevada e um aspeto mais atrativo. Mas tudo começou nos anos 80 com a primeira geração, um veículo capaz de transportar mais de 5 passageiros e com uma condução simples e leve como a de um vulgar ligeiro de passageiros apesar das suas dimensões de furgão.

O modelo foi um sucesso desde início com foco nas famílias mais numerosas, com a sua produção a ultrapassar os 1,3 milhões de unidades produzidas em todo o mundo. Desde 1983 até hoje o modelo conheceu cinco gerações distintas, mas a mais diferente de todas é a atual porque se afasta do monovolume convencional e o transforma em SUV recorrendo a um sistema propulsor híbrido que lhe confere potencia e economia de consumos.

A sua plataforma é a já conhecida CMF-CD que pode ser encontrada em vários modelos do grupo Renault, no entanto é com o Austral que este assume mais parecenças. Tanto em questões mecânicas como de design estes modelos assumem muitas parecenças, um aspeto positivo visto que ambos assumem uma postura forte e design robusto. O Espace é então uma versão longa do atual Austral, que em nada compete com ele, visto que é mais longo 21 centímetros e com uma distancia entre eixos de sete centímetros, o suficiente para aplicar dois lugares extra na bagageira.

Pode ter sete ou cinco lugares sem se pagar mais por isso. É verdade o novo Espace vem equipado com cinco lugares no entanto se o dono pretender ter os dois lugares extra não tem de pagar por estes. A bagageira tem 677 litros na posição normal, com a terceira fila de bancos rebatida, e 159 litros quando os bancos estão todos erguidos.

Quanto ao motor o modelo é um híbrido que utiliza um bloco de três cilindros turbo a gasolina de 1.2 litros em conjunto com o motor elétrico que reunidos alcançam os 200 cavalos. Um sistema “full hybrid” que faz com que o carregamento da bateria seja gerido pelo carro, não podendo ser carregado por cabos. É possível circular em modo 100% elétrico, algo recorrente no centro da cidade e em outras situações onde o carro decide que esse é o modo adequado. Se o trajeto for feito em autoestrada onde é exigida uma aceleração forte e constante o modelo utiliza o motor a gasolina. Uma gestão que em conjunto com a evoluída caixa de velocidades se mostrou competente.

Outra das características que se verificou bastante útil nas ruas apertadas do norte de Portugal foi o sistema 4Control Advanced que permite virar as rodas traseiras para facilitar determinadas manobras. Até aos 50 km/h estas viram no sentido oposto fazendo com que o diâmetro de viragem do Espace, um carro com quase 4 metros e 80 centímetros seja idêntico ao do pequeno Renault Clio.

O novo Espace continua a ser uma opção para famílias que procuram um sete lugares. Chega a Portugal em setembro e os preços começam nos 45 mil euros.