Os números conhecidos da sinistralidade rodoviária verificada na Páscoa vêm revelar, mais uma vez, que há um longo caminho a fazer para inverter este drama nas estradas.
Está estudado e provado que as campanhas de prevenção rodoviária, abandonadas há anos pelos sucessivos governos, são um importante instrumento no combate à sinistralidade. Infelizmente, e apesar dos apelos constantes do ACP nesse sentido, esse não é o entendimento dos responsáveis máximos, uma vez que as verbas são sistematicamente desviadas para outros fins.
Em Portugal conduz-se muito mal. Os portugueses vão para as escolas tirar a carta e não para aprenderem a conduzir. O ensino é permissivo, o desleixe torna-se norma e os novos condutores partem para a estrada como se fossem corredores em pista única.
Em simultâneo, a penalização é extremamente suave para os infractores. A pena para quem fosse apanhado a conduzir sob o efeito do álcool, uma das maiores causas de sinistralidade em Portugal, devia ser no minimo penalizada com um ano de carta apreendida. Por sua vez, também as coimas deviam ser triplicadas.
Por último, como o ACP sempre denunciou, a extinção da Brigada de Trânsito da GNR revelou-se um desastre completo. A fiscalização é feita sem critério, a repressão sem cuidado e a prevenção não existe.
Numa altura em que tanto se discutem os caminhos para o futuro, é tempo de os responsáveis políticos pensarem também nesta realidade negra que também coloca Portugal longe da União Europeia.
Lisboa, 26 de Abril de 2011
<p style="text-align: center;"><img style="vertical-align: middle;" src="/ResourcesUser/images/CONTEUDOS/0010_CLUBE/OClube/RodaDentada.png" alt="" width="150" /></p>
<p style="text-align: center;"><strong><br />COMUNICADO<br /><br /></strong></p>