- Ermida de Santa Clara
Fica nas imediações da Vidigueira, datando a sua construção de 1555, por ordem do 2º Conde da Vidigueira, D. Francisco da Gama e sua mulher. É constituída por um edifício retangular, coroado de ameias e com contrafortes rematados com pináculos em forma de cones truncados. É de estilo manuelino, com influências góticas. Terá sido a primeira igreja matriz da vila, facto que não está comprovado. Foi, em tempos local de festas e romarias. O caminho que a ela conduz está ladeado de vinhas e oliveiras e, do monte onde ela fica instalada tem-se uma vista magnífica que vai até à Vidigueira.
- Ermida de S. Rafael
foi também mandada construir por um conde da Vidigueira, para albergar a imagem do santo que acompanhara Vasco da Gama, à Índia. No Séc. XIX a ermida foi profanada e ficopu em reuínas, tendo a imagem referida sido transferida para o Recolhimento do Espírito Santo. Na altura da trasladação dos restos mortais de Vasco da Gama, para o Mosteiro dos Jerónimos, a imagem acompanhou-o, como o fizera nas viagens à Índia, e lá ficou também, até que foi transferida para o Museu da Marinha. Em 1912 a Ermida foi restaurada pela Câmara Municipal que, nos anos 80 restaurou também o interior.
- Ermida de S. Pedro
também nas imediações da Vidigueira, fica numa colina, com um terreiro que é também um belo miradouro sobre a Vila – lugar ideal para festejos populares
- Igreja da Misericórdia
Foi edificada em 1592 e restaurada em 1688, após um incêndio. No interior podem ver-se belos painéis de azulejos e, na Capela-Mor a imagem de Cristo Crucificado, oferecido por D. Brites de Vilhena. Na mesa do altar-mor pode ver-se a imagem de cristo morto, contemplada por figuras em baixo relevo. A porta da antiga capela do Santíssimo data do final do Séc. XVIII.
- Igreja de S. Francisco da Vidigueira
Tem uma nave e duas capelas. As peças mais valiosas que a igreja tem – a imagem de Cristo Crucificado, os santos negros e a imagem de Nª Srª das Relíquias – foram oferecidas pela Rainha D. Maria I. A imagem de Nª Srª das Relíquias está dentro de uma redoma azul com adornos dourados, no altar-mor, por cima do sacrário.
- Torre de Menagem
Foi tudo o que restou da residência da família Gama de que não ficaram, também, descrições ou registos – não se sabe se teria sido um paço ou uma fortaleza. Sabe-se que foi construída no Séc. XV, pelo 2º duque de Bragança, senhor da vila, nessa época. Foi residência de Vasco da Gama e aos seguintes condes da Vidigueira. A certa altura, não se sabe bem porquê, foi abandonada e, como é natural, entrou em decadência. Este processo foi acelerado pelo próprio povo da vila que retirava pedras desta casa para construir as suas próprias habitações. A determinada altura a Câmara Municipal resolveu meter ombros à reconstrução desta residência, salvaguardando o que ainda era visível. Numa parede colocou uma janela, pensa-se que do Séc. XVI e estilo manuelino, que tinha sido encontrada em Vila de Frades. Ao mesmo tempo foi construído um adarve, passeio estreito na muralha, acessível por uma escada exterior, e que passou a ser um belo miradouro da vila e campos circundantes. De lá se vê a torre de menagem do Castelo de Beja.
- Torre do Relógio
Não se sabe em que data terá sido construída. Ganhou importância quando, em 1520, Vasco da Gama mandou nela instalar um sino que tinha mandado fazer. Recentemente a Câmara Municipal procedeu a obras de restauro, dotando a torre de iluminação. As badaladas do sino continuam a marcar as horas, na Vidigueira.
- Museu Municipal da Vidigueira
Fica no Largo Vasco da Gama, no edifício de uma antiga escola primária, remodelado. Uma das áreas do museu versa exatamente o ensino primário no concelho, contando a história da própria escola onde está instalado, inaugurada em 1884. Noutra área, está exposta a coleção etnográfica, constituída por objetos doados por particulares – artesãos, comerciantes, agricultores, pequenos industriais.
Alcaria
Fica no sopé da Serra do Mendro, povoação tipicamente alentejana, com as suas casas juntinhas, as respetivas varandas, a igreja, o largo com o tanque público parecem, ao longe, um presépio.
Vila de Frades
- Igreja Matriz de Vila de Frades – foi construída em 1707, de uma só nave e sem coro. Tem quatro altares, dois em cada parede e ainda um altar-mor, trabalhado com dourados e talha.
- Igreja da Misericórdia - é uma pequena construção, de abóboda e de uma só nave, que se encontra em mau estado de conservação.
- Ermida de Santo António – fica nas imediações de Vila de Frades, numa elevação, local propício à realização de festas e romarias. As pinturas murais encontradas na ermida, única decoração existente, provam que ela foi construída no Séc. XVII e sabe-se que o foi por ordem de um conde da Vidigueira, como pagamento de uma promessa que tinha feito.
- Convento e ruínas de S. Cucufate – é o único Monumento Nacional do concelho da Vidigueira. As ruínas arqueológicas ficam na área da freguesia de Vila de Frades, numa elevação que domina a planície, até Beja. Embora o mais significativo seja a Villa romana que foi instalada naquele local no Séc. I a.C., ele foi anteriormente ocupado, como provam os achados arqueológicos, na Idade do Ferro. Mas foram os romanos que marcaram indubitavelmente, aquele local que foi ocupado quase ininterruptamente até ao Séc. XVIII. No período de ocupação muçulmana (Séc. X/XI), estabeleceu-se, no edifício existente, uma comunidade de frades que ali viveram até ao Séc. XII e que tinham como patrono S. Cucufate. Posteriormente o edifício foi abandonado, por ameaçar ruína e, quando foram feitas as escavações, foi encontrado o cemitério medieval dos frades. Ao ser transformado de villa em templo cristão adicionou alguma coisa de diferente à arquitetura do mesmo, tal como frescos pintados nas paredes. Estas pinturas estiveram, durante muito tempo sob uma camada de cal e só depois foram encontradas. Após a classificação das ruínas de S. Cucufate como Monumento Nacional o IPPAR criou, em Vila de Frades um núcleo Museológico, na Casa do Arco, cedida pela Câmara Municipal. As ruínas podem ser visitadas de 3ª feira a Domingo, (3ª feira só da parte da tarde) e encontram-se encerradas nos dias de Natal e Ano Novo, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 5ª Feira de Ascensão (feriado municipal).
Os horários são os seguintes:
- 16/9 a 30 /4 – 10h às 13h e 14h às 17h30
- 1/5 a 15/9 – 10h às 13h e 14h às 18h30
- Moinhos da Ribeira de Odearce – movidos com a força das águas do rio, moem o cereal para obter a farinha, essencial para fazer o pãozinho de cada dia das populações. Mais uma vez se comprova a importância do Guadiana e seus afluentes e sub-afluentes.
Selmes
- Igreja Matriz de Selmes – data do Séc. XVIII, tendo a fachada, simples, com duas torres simétricas, sido reconstruída em 1874, depois de ter caído em 1817. No interior podemos ver uma só nave com o coro por cima da porta de entrada. Existem quatro altares laterais e o altar-mor.
-Villa Romana do Monte da Cegonha – construída na base de uma colina, foi fundada no reinado do Imperador Augusto, no início do Séc. I. Foi devastada por um incêndio e logo reconstruída. No Séc. XIV, talvez devido à cristianização do seu proprietário, foi construída uma basílica paleocristã e, entre os Séc. X e XII, esteve sob administração islâmica.
- Anta do Zambujal – fica na herdade do Zambujal, freguesia de Selmes. É formada por grandes penedos graníticos e tem uma câmara central poligonal, cuja tampa caiu para o interior. Terá servido de habitação e posteriormente de túmulo aos habitantes pré-históricos da zona.
Marmelar – freguesia de Pedrógão
- Antas de Corte Serrão – ficam perto de Marmelar, e são belos exemplos destes dolmens ou antas, monumentos fúnebres construídos com grandes blocos de pedras fixados no solo e formando uma câmara funerária coberta por blocos da mesma pedra. Embora se encontrem danificadas estas antas são belos exemplos da cultura megalítica.
- Igreja de Stª Brígida – pensa-se que terá sido construída no Séc. XVI, sendo bastante digna de interesse. Apresenta contrafortes cilíndricos, nos limites e a meia das paredes, que terminam em pináculos em forma de cone truncado. A fachada tem, de um lado, um campanário que lhe quebra a simetria. O interior é de uma só nave com uma abóbada em aresta, com três tramos longitudinais. No fecho de cada um deles, vê-se um medalhão com imagens diferentes – no do meio a Cruz de Cristo. As arestas da abóbada terminam por mísulas de pedra também com figuras diferentes. No altar-mor existe uma imagem de Stª Brígida, a padroeira de Marmelar e, nos altares laterais imagens de Nª Srª das Neves e de Nª Srª do Rosário. Os especialistas estão convencidos que esta Igreja merecia estudos aprofundados para a localizar, com exatidão, no tempo e avaliar o seu real valor arquitetónico.
Pedrógão
- Ermida de Santa Luzia – foi a primeira edificação religiosa da aldeia, embora muito simples, com um único altar, onde é guardada a imagem da Santa padroeira, considerada milagreira.