Porquê Góis?
Góis tem uma posição geográfica privilegiada, pois não só se situa no coração do Distrito de Coimbra, como é preenchido por paisagens naturais abençoadas: o Vale do Ceira, considerado por quem o visita como o "Vale Encantado", e o Rio Ceira, uma fonte de vida da região percorrida por águas frescas e cristalinas. Com um pé na Serra da Lousã e outro na Serra do Açor, os montes não ficam claramente em segundo plano — os famosos Penedos de Góis, escarpados junto à Aldeia do Xisto, formam um local único e deslumbrante. Pois, por curvas e contracurvas de estradas cénicas e memoráveis, a natureza é, desta forma, um elemento omnipresente, cativante e fulcral para a história desta região.
O baloiço das selfies
Janela com vista para o mundo a partir de Góis
O Coração da Vila de Góis
Um cadeado e uma messagem que ficam para sempre
As épocas altas costumam variar consoante os interesses dos turistas, pois esta é uma região que se adapta facilmente às quatro estações. Durante o verão, as várias praias fluviais fazem as delícias dos visitantes, sem esquecer, claro, o ambiente cálido e familiar das festas populares e romarias que percorrem as aldeias. Ao longo da primavera e do outono, são os diversos trilhos e percursos pedestres que chamam mais a atenção: bucólicos, plácidos e idiossincráticos. Há aqui uma paisagem a descobrir para cada emoção. Venha conhecê-las.
Conhecer a história
As palavras são do Padre António Carvalho da Costa e descrevem a beleza e a magia inerente da região de Góis: "cinco léguas ao Nascente de Coimbra, em um tão profundo vale situado entre as terras do Rabadão e Carvalhal, está fundada a Vila de Góis, banhada pelo Rio Ceira, em cujas correntes se acha bastante ouro e se pescam boas trutas".
Góis tem notoriamente mais de oito séculos de existência, mas foi ao longo do século XVI que a região passou por um período áureo devido essencialmente ao desenvolvimento dos serviços, das infraestruturas e da qualidade de vida. Foi por esta altura que o D. Luís da Silveira, 2º conde de Sarzedas, mandou edificar a região e apostou na cultura da mesma, com a produção de várias obras de arte ainda hoje apreciadas — a capela-mor da Igreja Matriz, a capela do Castelo e a ponte real de três arcos são alguns exemplos notórios.
É no sentido da preservação histórica e do legado cultural que um dos edifícios mais antigos da zona, o Paços do Concelho, oriundo desta mesma época, continua firme, atraindo turistas curiosos e historiadores atentos em todas as alturas do ano.
Anos mais tarde, D. Diogo da Silveira, 18º Senho de Góis e 2º Conde de Sortelha, sucede ao pai e continua o seu trabalho na renovação da imagem da vila. A D. Diogo deve-se a fundação do antigo Hospital de Góis, usado inicialmente como albergue de peregrinos e, depois, reutilizado como hospital de referência da região. Composto por dois andares e contígua à antiga Capela do Espírito Santo, destaca-se pela riqueza histórica e cultural. É importante referir que o pátio foi alvo de uma grande exploração arqueológica, entre os anos 2005 e 2006, conduzida pelo Município de Góis.
O século XVIII foi marcado pelo impulsionamento industrial, com a instalação das fábricas de papel na Lousã e, posteriormente em Góis, na aldeia de Ponto do Sótão. A extinção dos florais só aconteceu em agosto de 1832, consequência das várias reformas sociais feitas por Mouzinho da Silveira, uma figura de peso da história da revolução liberal, fazendo com que o senhorio de Góis acabasse.
Em busca dos sabores
A comida em Góis é naturalmente variada e tradicionalmente assente nos produtos vindo da natureza — da criação dos animais, dos castanheiros e das nogueiras que crescem com abundância. Esta profusão de verde faz com que a produção do mel seja um ponto forte para a região. Entre diversos tipos, destaca-se o mel de urze, carregado de propriedades antirreumáticas, diuréticas e contra cálculos biliares. Aliás, o mel é um produto tão famoso que no dia 1 de novembro realiza-se a Feira Anual do Mel e da Castanha, como uma forma de celebrar e de dar a conhecer aos visitantes estes dois símbolos gastronómicos do concelho.
O mel como essência da região
A castanha: protagonista de vários pratos
Mas há mais: muitos enchidos, queijos de todos os feitios (especialmente de cabra e de ovelha), azeite a litros e licores à escolha (e com moderação, claro). Como pratos característicos e tradicionais de Góis, há ainda a sopa de castanhas (muito usual nas aldeias da serra, devido à abundância do fruto), sopa seca à moda de Álvares, bucho recheado, cabrito assado no forno, chanfana, galinha corada, torresmos, arroz de sardinhas, papa de nabos com sardinha frita, tibornada (bacalhau com batatas a murro). E para adoçar a boca: arroz-doce, bolo de Góis e o bolo da Várzea.
Onde ficar
Em Góis pode optar pelo charme do alojamento local, sempre pronto para o receber e cuja hospitalidade nunca desvanece; se, no entanto, tiver um espírito mais aventureiro, recomendamos parques de campismo ou turismo em espaço rural, com um destaque para o Camping Góis, onde todos os sócios ACP disfrutam de 10% de desconto durante o ano inteiro.
Outras perspetivas
Os Percursos Pedestres: também o concelho de Góis tem uns quantos percursos pedestres para todos os gostos, perfeitamente definidos e assinalados, que percorrem as paisagens da Serra e permitem visitar as Aldeias de Xisto, entre outros valores patrimoniais e culturais do Concelho. São percursos de níveis de dificuldade diferentes, facto que é previamente indicado a cada um dos caminhantes, através de painéis existentes no trilho.
A não perder - A Rota das Aldeias de Xisto de Góis. Saiba como chegar?
As Aldeias do Xisto de Góis estão situadas na Serra da Lousã, com uma localização privilegiada, dispondo de fáceis vias de acesso. O Concelho de Góis é dotado de uma variada rede de estradas nacionais, que se subdividem em diversas vias, que permitem uma entrada a qualquer uma das quatro aldeias existentes dentro dos limites do município.
O acesso às aldeias do xisto, a partir da sede do concelho:
- Seguir em direção à Lousã – EN342;
- Ao chegar à rotunda da Portela, seguir em direção à Pampilhosa da Serra – EN2;
- Ao chegar à aldeia do Esporão, seguir a cortada à direita para aceder à Pena – Aldeia do Xisto;
- Seguir em direção à Lousã – EN342 – após a aldeia de Ponte do Sótão vai encontrar uma cortada à esquerda com indicação de Comareira, Aigra Nova e Aigra Velha – Aldeias do Xisto.
Um dia em Góis
Sugestões de itinerários
Sugestão de itinerário 1 I 85 km
Tempo de percurso I 2h15m , só o tempo de condução
Uma visita longa, mas que circunda os pontos mais interessantes de Góis - desde o seu património às suas principais paisagens - sem esquecer a importância da gastronomia, com paragens em alguns restaurantes típicos da região.
Sugestão de itinerário 2 I 52 km
Tempo de percurso I 1h13, só o tempo de condução
Tal como o itinerário anterior, este passa também por Góis, visitanto ao mesmo tempo algumas freguesias do seu concelho. Pode contar com uma visita a algumas Aldeias de Xisto e alguns restaurantes tradicionais.
Sugestão de itinerário 2 I 28 km
Tempo de percurso I 51 minutos, só o tempo de condução
Um visita, apesar de curta em paragens, que passa pelos principais pontos turísticos de Góis. Há uma visita a Vila Nova do Ceira, sem esquecer Aigra Nova e Albergaria, que ficam um pouco mais a sul.
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