Lousã

Destino de Turismo Acessível

Porquê Lousã?

O Município da Lousã destaca-se por paisagens naturais de cortar a respiração. É verdade que os monumentos cheios de história e a gastronomia tradicional são elementos essenciais, no entanto, são as alturas rodeadas de verde que constituem grande parte desta terra. Na vila da Lousã, a planície funde-se com a Serra. Já nos arredores, é indispensável conhecer as Aldeias do Xisto — Candal, Casal Novo, Cerdeira, Chiqueiro e Talasnal — além de outros locais tradicionais serranos, que pintam uma imagem cheia de misticismo

Esta vila, que integra o Distrito de Coimbra, situa-se na transição entre duas dinâmicas de desenvolvimento que demarcam a região: de um lado, uma área cada vez mais urbana; do outro, um carácter mais rural e ligado às lembranças e hábitos de quem lá vive.

Aldeias do Xisto - Lousa

A história em cada pedra erguida
Paisagem em Talasnal, integrada na rede das Aldeias do Xisto

Flora na Lousa

A flora da Lousã
Exemplos que se podem encontrar em Candal

Conheça a história

Em épocas de conquistas mouras, a região de Coimbra — outrora denominada por Conimbriga — uma povoação frondosa, entre cerrados arvoredos e terras esquecidas, era perfeita para procurar refúgio. E foi essa a motivação que levou Arunce, rei mouro, a erguer um castelo na Lousã, localizado nas entranhas da serra, para se esconder da invasão cristã comandada pelo príncipe Lausus. O rei refugiou-se com toda a sua riqueza e com a sua única filha, a princesa Peralta. O objetivo seria preparar uma resposta à ofensiva de que sofrera, pois em pouco tempo, Conimbriga tinha sido vítima de um feroz ataque, deixando a cidade inabitável durante eras.

No entanto, no meio de um cenário bélico, nasceu uma inesperada história de amor. Para a surpresa do rei, Peralta e Lausus apaixonaram-se de forma quase instantânea. Viveram um romance às escondidas das suas famílias e entre as opostas frentes de batalha. Era comum Lausus passar dias incansavelmente à procura da sua amada — até ter sido intercetado pelo seu pai. O confronto entre os dois homens tornou-se rapidamente violento, acabando com a morte de ambos. Peralta, desolada, ficou presa no agora famoso Castelo de Arunce. E apesar de viver no exílio, a princesa nunca perdeu a esperança de se encontrar novamente com o seu amor:

Neste apartamento, de tão grave dor
Se conhece amor... ter merecimento
Que em ti o pensamento terei toda a vida 
Conimbriga minha
("Miscellanea", Miguel Leitão de Andrada) 


Talasnal - Lousa


Embora não exatamente como sede de concelho, Lousã e o adjacente território de Arouce prosperaram ao longo da história, tendo recebido foral de D. Afonso Henriques em 1151 – confirmado posteriormente por D. Afonso II e D. Manuel I.

A região cresceu exponencialmente ao longo do século XVIII devido a uma forte aposta na industrialização, com uma especial atenção à produção do papel. Neste sentido, várias foram os centros industriais instalados na zona, com o Engenho do Papel do Penedo – que produzia papel de tal qualidade que abastecia a tipografia da Casa da Moeda e da Companhia de Jesus, fundada pelo Marquês de Pombal – a monopolizar a procura. Estes desenvolvimentos colocaram Lousã à frente de outras vilas do Concelho. 

Outros episódios marcantes deste processo aconteceram em 1906, com a chegada do primeiro comboio, melhorando drasticamente o transporte e a comunicação terrestre, potencializada pelo ministro Fontes Pereira de Melo, e depois, em 1924, com a instalação de energia elétrica. As Guerras Napoleónicas – na qual em 1811 teve lugar o Combate de Foz de Arouce – e a Guerra Civil Portuguesa foram marcantes para o território, atrasando consequentemente a inovação tecnológica da região.

Mas com os dois pés no século XX, o espaço ocupado pela Vila quase duplicou, ganhando novas áreas, onde se edificaram os modernos bairros habitacionais, estabelecimentos de ensino primário e secundário, o quartel dos bombeiros, o novo palácio da justiça, etc. Apesar de as faces modernas destas zonas, o casco antigo continua convenientemente preservado, com as suas velhas casas apalaçadas, de janelas de belos e recortados aventais, de imponentes portais e de orgulhosos brasões nas vergas interrompidas. Lado a lado coexistem os testemunhos de um passado querido e o produto da dinâmica dos dias de hoje e das gentes empreendedoras.

Em busca dos sabores

A gastronomia da Lousã é rica, não só porque assenta em produtos oriundos da terra, genuínos, cultivados ou criados com os cuidados necessários, como são consequentemente tratados com sentimento e história. O conhecimento, a habilidade, a técnica, passados dos mais sábios para as novas mãos que trabalham a terra, são elementos fulcrais que se notam exclusivamente no sabor.

Podemos encontrar com facilidade, tal como nas regiões vizinhas, o cabrito asado, os maranhos, as chanfanas, os peixes do rio e o bacalhau do mar – tudo ensopado num molho azeitado e acompanhado por um miolo macio. As sobremesas têm também o cunho local, com a tigelada e as papas de carolo a roubaram as principais atenções. Mas há outro elemento indispensável e certamente indescritível: o belo queijo de cabra. Feito do leito das muitas cabras que habitam a região, tem um sabor harmonizado por ervas frescas, dos vários montes e vales da região.

Maranhos

Maranhos à moda das Aldeias do Xisto

Tigelada

A famosa (e sempre deliciosa) tigelada

A variedade é sinónimo desta zona e a prova reside na abundância dos vários produtos que vão além da oferta hortícola: os castanheiros, as amendoeiras e as avelaneiras dão-se muito bem neste concelho, que é também uma boa produtora de mel (daí a feira anual do mel e da castanha).

Onde ficar

O Palácio Boutique Hotel da Lousã é a nossa sugestão para uma estadia autêntica e memorável, pois facilita o contacto com a autenticidade e a misticidade da região. E se fizer a sua reserva através da Booking, o ACP oferece aos sócios um desconto até 10% em todas as compras. 



Com vontade de passar umas férias rodeado de verde? Lousã é ideal.  

 

Outras perspectivas

O Festival Gastronómico da Chanfana - a gastronomia é um elemento identitário da região e ao mesmo tempo um símbolo do património cultural. Lousã faz um trabalho incansável em preservar tal ideia: entre fevereiro e março, se visitar a região, pode contar com uma quantidade impressionante e uma qualidade inigualável de chanfanas, um dos produtos integrantes das 7 Maravilhas à Mesa. Organizado pela Câmara Municipal da Lousã, e com vários apoios, esta é uma iniciativa que atrai os amantes de uma das iguarias mais populares da Beira Litoral.

Um dia na Lousã

HORAS ATIVIDADE
9h30 Comece o dia pelo centro histórico, percorrendo as várias Casas Brasonadas, como o magnífico Palácio dos Salazares, a Casa da Viscondessa de Espinhal, a Casa dos Magalhães Mexias ou a Casa da Rua Nova. 
10h30 Continue a visita pelas igrejas Matriz e da Misericórdia, igualmente dignas, sem esquecer o conjunto de ermidas que formam o Santuário de Nossa Senhora da Piedade
11h30 Visite o Museu Municipal Professor Álvaro Viana de Lemos e o Eco Museu da Serra da Lousã.  
13h00 Uma pausa para almoçar. E que tal no Restaurante Casa Velha
15h00 Com as energias recuperadas, percorra os passadiços até ao Castelo da Lousã
16h30 Junto ao Castelo encontre um dos percursos pedestres para visitar algumas das Aldeias de Xisto. 
20h00 Hora de jantar. Recomendamos o Restaurante Villa Lausana

Itinerários possíveis

Sugestão de itinerário 1 I 19km
Tempo de percurso I 28m, só o tempo de condução

Uma visita a Lousã que não só passa pelas principais paisagens, apreciando tudo aquilo que o concelho tem para oferecer, como também inclui pequenas paragens pela gastronomia que não deixa ninguém indiferente.

Sugestão de itinerário 1 I 21km
Tempo de percurso I 29m, só o tempo de condução

Este passeio pela Lousã é bastante completo, pois inclui as paisagens essenciais que cada turista tem de ver, assim como breves passagens por freguesias vizinhas do concelho. Tudo isto numa simples viagem de meia hora. 

 

 

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