Cinfães
- Igreja Matriz de Cinfães – a igreja atual, estilo barroco, foi reconstruída no séc. XVIII, no local onde tinha sido erigida uma capela. No interior tem um sarcófago de granito, sem qualquer inscrição e com uma estátua jacente. É uma igreja de planta cruciforme, com duas capelas nos topos do transepto. No exterior, junto à sacristia, encontra-se uma peça que se pensa ser um tímpano visigótico.
- Pelourinho de Cinfães – fica frente ao edifício da Câmara Municipal, assente numa plataforma de dois degraus, sem o fuste, cilíndrico, rematado por um capitel com quatro pináculos piramidais. Data do séc. XIX
- Castro das Coroas – é o que resta de uma povoação castreja da Idade do Bronze. Ficava sobranceiro à margem direita do rio Bestança. Foi posteriormente romanizado, no séc. I dC e tem ainda um conjunto de torreões e as quatro linhas de muralhas. Na estação arqueológica, de área considerável, a par de vestígios da era medieval, encontram-se gravuras rupestres, um forno cerâmico e duas furnas cavadas nas rochas.
- Muralha das “Portas” de Montemuro – num dos locais mais elevados da Serra de Montemuro, onde nasce o rio Bestança, num local denominado por “portas” desde tempos imemoriais, existe uma estranha muralha empedrada, que se espalha por entre as rochas da montanha, abrangendo uma área considerável, com várias edificações dispersas. Apesar de estudada, esta e outras fortificações do tipo, não se conhece rigorosamente a sua origem e função – associada à transumância do gado? À proteção da região, de ataques selvagens? Estabelecer uma portagem ou alfândega? Não foram encontrados vestígios que suportem qualquer hipótese.
- Penedo da Chieira – é um penedo de granito, com motivos insculturados e esculturados. Fica na Quinta da Chieira, nos arredores de Cinfães, local de rara beleza, sobranceiro ao vale do rio Bestança. A quinta apresenta também vestígios de ocupação romana. As insculturas, na parte virada a este do penedo, mostram três figuras - dois adultos e uma criança, eventualmente representando a Sagrada Família. Junto a estas insculturas, existe um nicho com uma figura feminina, que será a Virgem e, por baixo, algo não muito identificável e, ao lado, uma figura humana em posição de oferenda.
- Museu Serpa Pinto – está instalado, desde 2000, na casa que foi a habitação de Serpa Pinto, militar, explorador, e administrador colonial português. Mostra espólio arqueológico recolhido por todo o Concelho, mormente do período de ocupação pelos romanos e, como não podia deixar de ser, muito do espólio daquele militar – objetos pessoais e profissionais, telegramas, primeiras edições dos seus livros, uniformes. No mesmo edifício funcionam o posto de Turismo e a loja de artesanato
- Casa da Cultura – está instalada da Casa da Ribeira ou antiga Casa dos Magistrados, que foi recuperada e é destinada às tecnologias de informação e realização de eventos.
- Museu Etnográfico Quinta da Granja – tem, em exposição utensílios e artefactos, mobiliário, trajes e calçado que foi sendo recolhido pelo Grupo Folclórico de Nespereira e que retrata a atividade de uma região rural, no séc. XX. Numa parte da casa da quinta está retratada uma casa da época, com especial destaque para a cozinha. Também há um espaço onde estão patentes as zonas de lagar e oficina de artífice
Freguesia de Ferreiro de Tendais
- Ponte de Covelas – apesar do seu aspeto românico, esta ponte, no vale do rio Bestança, foi mandada construir por uma família local, para seu serviço e das populações. Foi construída no séc. XVIII, pelo Reverendo Diogo Cerqueira e Vasconcelos, para honrar seus pais, como diz a inscrição em lápide à entrada da ponte.
- São Pedro do Campo – no lugar de Casais, é um grande centro de romarias, onde tem lugar, a 29 de Junho, todos os anos, a festa em honra do patrono – S. Pedro
Freguesia de Fornelos
- Alto do Ladário – miradouro, que nos proporciona lindas paisagens
Freguesia de Nespereira
- “Castelo” – é um aglomerado de rochas graníticas, situadas a 1021 m de altitude, com uma vista deslumbrante e onde foi construída uma capela
- Mamoas de Chão de Brinco – ficam na Serra de Montemuro, a cerca de 1000 m de altitude. Há também vestígios de um corredor incipiente e, entre outro espólio, foi encontrada uma pedra com gravuras.
- Minas da Fraga da Venda – no local de Fraga da Venda foram encontrados vestígios de minas de volfrâmio e estanho. Próximo passa um riacho de águas límpidas
- Gruta de Nª Srª de Lourdes – esta gruta foi inaugurada em 1896, perto da Igreja de Stª Marinha, e é uma réplica da de Nª Srª de Lourdes, em França. Fica num espaço arborizado, dispõe de bancos e mesas e constitui um anfiteatro natural, com ótimas condições acústicas, onde se realizam concertos ao ar livre, para além de outras atividades
- Ponte da Balsa – ponte antiga, em arco, junto à qual foi construída uma outra, em madeira
- Quedas de Água Falfa e Golas – quedas de água dos vários ribeiros que banham a freguesia, como o Espiches (quedas de Falfa) e o rio Ardena (Golas)
Freguesia de S. Cristóvão de Nogueira
- Igreja Paroquial de S. Cristóvão de Nogueira – românica, tem a fachada voltada para o vale do Douro
- Barragem do Carrapatelo – é uma das barragens do rio Douro, inaugurada no início da década de 70 do séc. XX, para o aproveitamento hidroelétrico e que, simultaneamente, com o seu sistema de comportas, propiciou a navegabilidade do Douro
Freguesia de Souselo
- Igreja de S. Miguel de Escamarão – é uma igreja românica, dedicada a Nossa Senhora da Natividade de Escamarão, que fica situada na confluência dos rios Paiva e Douro, o que lhe conferiu alguma importância, pela sua localização. Escamarão pertencia ao couto de Vila Meã, possessão do Mosteiro de Alpendorada e, pela sua localização numa zona de passagem, ponto intermédio entre o Porto e o Douro interior. A Igreja foi sagrada em honra de Stª Maria, mais tarde tomou a invocação da Natividade mas, no consensual de Lamego, do séc. XVI.
- Ilha dos Amores ou Ilha do Outeiro – é uma ilhota, na confluência dos rios Paiva e Douro com vestígios arqueológicos. A ilha tem um pequeno areal e, de resto o contorno é constituído por blocos graníticos – terá sido ocupada por um povoado proto-histórico. Tem vegetação espontânea, para além de amoreiras, sobreiros, pinheiros e oliveiras.
Freguesia de Tarouquela
- Igreja Românica de Tarouquela – é uma igreja do séc. XII, em estilo românico, classificada como MN, em 1945. A Igreja era parte integrante de um dos primeiros mosteiros beneditinos, femininos, a sul do Rio Douro – foi fundado e reconhecido pelo Bispo de Lamego, em 1171 e posteriormente confirmada pelos seus sucessores.
O Mosteiro foi sendo gerido por abadessas, vindas das famílias notáveis da região. A certa altura, na transição entre os sécs. XIII e XIV, era à família dos Resendes que pertencia a abadesse, que foi muito ativa, durante bastante tempo e que utilizou bens da sua família. Sucederam-se outras famílias e outras abadessas e, no séc. XV o Mosteiro estava já em declínio, motivado por algum desinteresse e egocentrismo das monjas. No séc. XVI, para lá foi uma abadessa de Arouca, com a função de preparar a extinção daquele mosteiro e a transição das monjas para um outro mosteiro, no Porto, fundado por D. Manuel I – para lá deveriam ser transferidas as monjas, não só do Mosteiro de Tarouquela, como as de vários outros institutos femininos.
ALDEIAS TÍPICAS DE CINFÃES
- ALDEIA TÍPICA DE BOASSAS – fica na freguesia de Oliveira do Douro e é, pela sua localização, uma varanda sobre o rio Douro. Tem, como pontos de interesse:
- a Casa do Cubo – de traçado austero
- a Casa Armoriada Setecentista, da família dos Serpas
- a Quinta do Revogado
Na freguesia existem outros povoados dignos de nota, como Vila Nova, Fundoais e Castelo
- ALDEIA TÍPICA DA GRALHEIRA - fica em plena Serra de Montemuro, freguesia de Gralheira, no limite do concelho – é chamada por alguns a “Princesa da Serra”, cercada por montanhas, de invernos muito rigorosos, em que está coberta de neve e verões escaldantes. Podem ver-se, na aldeia, casas cobertas de colmo e visitar as sepulturas cavadas na rocha, a Capela do Sr. da Boa Morte, onde existe um crucifixo em pedra, o Penedo da Saúde, o Cruzeiro, o Castro de Aguiar e os Moinhos de Água Comunitários
- ALDEIA TÍPICA DE VALE DE PAPAS – esta aldeia fica também na Serra de Montemuro, freguesia de Ramires. É considerada a mais original das aldeias típicas, pelo conjunto de casas em granito amarelo, algumas com cobertura em colmo. Fica a 1040 m de altitude, dedicando-se a população à agricultura e pastoreio. A visitar a Capela, os Canastros e a Eira Comunitária.