Matosinhos

Mar de desporto e do melhor peixe do mundo

Porquê Matosinhos?

Matosinhos é uma terra com históricas ligações ao mar: desde a forte atividade piscatória, passando pelas famosas praias, sem esquecer o Porto de Leixões — o segundo maior porto artificial do país —, a população cresceu com um pé na terra e com outro dentro de água. Município formado por 4 freguesias que se estendem essencialmente para o interior, Matosinhos é limitado a norte por Vila do Conde, a nordeste pela Maia e a sul pelo grande Porto. 

Uma forte referência arquitetónica portuguesa, Matosinhos é a casa de nomes como Álvaro Siza Vieira e Souto Moura, que ajudaram a pintar a nova cara da cidade, dando-lhe também um destaque visto e reconhecido anualmente por pessoas dos quatro cantos do mundo. Entre as obras a destacar, a Casa de Chá da Boa Nova, fortemente assente em pedras e com uma vista deslumbrante para o mar, e a integração do Metro de Superfície, que acrescenta um toque mais urbano e dinâmico a todo o município, são perfeitos exemplos. 

Praia - Matosinhos

Dança de sombras
Hora dourada em Matosinhos

Praia em Matosinhos

A Anémona de Matosinhos
Um exemplo do modernismo da cidade

Conhecer a história

Tal como muitos sítios em Portugal, Matosinhos foi ocupado por povos cujo legado ainda vive nos dias de hoje. A presença romana é uma prova bastante evidente, uma vez que ainda estão de pé vários sítios que nos remetem para tempos de outrora: a Ponte da Pedra, situada entre as margens do Rio Leça, era um destino de recreio dominical, num açude pleno de pequenos barcos; já as estruturas da zona de Lavra, com os primeiros vestígios de uma "Vilae", eram utilizadas para a produção do sal e de garum (preparado de peixe com outros ingredientes, utilizado maioritariamente como condimento). 

Os primeiros registos populacionais datam ao ano de 900, altura em que o termo Matesinus era já utilizado. Mais tarde, evoluiria para Matusiny, nome dado a um lugar da freguesia de Sendim. Por esta altura, foram inaugurados vários mosteiros e conventos, como o Mosteiro de Bouças e o de Leça do Balio, ambos fundados no século X, tendo sido este último a primeira sede, em Portugal, da Ordem Militar dos Cavaleiros Hospitalários. 

Foi só em 1514 que o rei Manuel I concedeu foral e passou a pertencer ao Concelho de Bouças. Já em 1853, foi instituída a vila de Matosinhos, composta essencialmente pela freguesia do mesmo nome e pela freguesia de Leça da Palmeira. O Concelho de Matosinhos só foi formalizado em 1867 — formalização esta que desapareceu 20 dias depois, voltando a ter sede em Bouças. Só a 6 de maio de 1909 é finalmente criado o Concelho que existe nos dias de hoje. Matosinhos foi depois elevado a cidade em junho de 1984, com Narciso Miranda como Presidente da Câmara. 


Cão na praia em Matosinhos


Património a descobrir

Como já foi referido, o mar é a peça fundamental para o desenvolvimento de Matosinhos: não só foi daqui que muitos navegadores portugueses partiram durante a época dos Descobrimentos, como as primeiras viagens com rumo ao Brasil começaram nas mesmas praias. Desta forma, vários são os monumentos, esculturas, museus que honram e relembram a ligação que esta terra tem ao mar. O Monumento ao Pescador, o Núcleo Museológico do Mar, a Escultura Anémona – já um exemplo arquitetónico moderno – são entre os vários pontos de paragem obrigatória. Outra forma de experienciar o mar passa por se aventurar entre as ondas. A Onda Pura Escola de Surf concentra-se na aprendizagem do desporto com aulas dedicadas a praticantes iniciantes e intermédios (o ACP oferece 15% de desconto direto a todos os sócios). 

O património da região é também aumentado com as praias e piscinas que atraem imensas pessoas todos os anos. Para quem quiser apostar num dia ao ar livre, de toalha estendida e de chapéu levantado, opções não faltam: Matosinhos tem uma longa linha costeira, que dá origem às mais diversas paisagens completas pelo mar. Entre a Praia do Cabo do Mundo, a Leça da Palmeira, a da Quebrada, a de Fuzelhas, a do Aterro, a da Memória, a da Senhora Boa-Nova, a das Pedras, entre tantas outras, vários são os planos que pode fazer em família, a dois, ou até mesmo sozinho. 

No entanto, o papel religioso é omnipresente e uma forte componente do ADN da cidade. A Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, construída no século XVI, por iniciativa de D. João II, incorpora tal ideal. O altar-mo, em talha dourada, que tem uma imagem de Cristo Crucificado, em madeira oca, que data do século XII, é um ponto de referência que se destaca com facilidade. Esta imagem tem cerca de dois metros de altura e é notável por causa do próprio olhar: o olho esquerdo dirigido para o Céu, outro para a Terra, unindo a ligação entre Deus e o Homem. A Necrópole Medieval de Montedouro, formada por 5 sepulturas não antropomórficas, escavadas em rocha granítica, ergueu-se, ainda sem uma data exata, entre o século VII e o XI. Pensa-se que teria havido mais exemplares que foram destruídos aquando da recolha de pedras para a construção do porto de Leixões. Há, contudo, certezas de que foram descobertos vários objetos da época romana – ânfora, tégulas – perto da Necrópole. 

Gastronomia

A gastronomia de Matosinhos é praticamente sinónimo de uma só palavra: peixe. Apanhado diariamente, e distribuído pelos vários restaurantes e mercados de venda, a variedade que encontrará é o o fruto do trabalho árduo dos pescadores, que tratam do peixe de uma forma ainda tradicional. Robalo, polvo, tamboril, sardinha, entre outros, são alguns dos pratos que pode saborear na brasa ou em "n" variações, como uma boa caldeirada, ou um arroz de tamboril, etc. Também o bacalhau tem o seu lugar de destaque, assim como o marisco em geral. A sardinha ganha a sua popularidade durante o verão; aliás, um cheiro típico da região é o de sardinha grelhada na rua, bastante convidativo e difícil de ignorar: um prato que sem dúvida conjuga o melhor de todos os sentidos. 

Mas a carne não é de todo esquecida em Matosinhos, pois a de porco, vaca, aves, e até mesmo os enchidos, têm o seu cantinho especial na gastronomia local e são pedidos com frequência nos restaurantes. 

Peixe de Matosinhos

Peixe fresco de Matosinhos

Marisco fresco em Matosinhos

As (várias) cores do marisco

Peixe ao lume

Um sabor e um cheiro quase palpáveis

Fotos da autoria Matosinhos World's Best Fish

Um dia em Matosinhos

HORAS ATIVIDADE
9h30 Comece o dia a visitar a Igreja do Bom Jesus de Matosinhos
10h30 Siga para o Parque da Cidade, cuja entrada se faz pela circunvalação e percorra o parque até à praia
11h30 Faça uma pausa para um sumo no Edifício Transparente
12h00 Vá até ao Mercado Municipal
13h00 Aposte num almoço na Marisqueira de Matosinhos, no restaurante Gaveto ou no Restaurante Mauritânia
15h00 Após recuperar alguma energia, visite a Casa da Arquitetura
15h30 E a seguir, passe pela Casa-Museu Abel Salazar. Se, por acaso, tiver  crianças consigo, não perca o Sea Life
17h00 Perca-se numa das maravilhosas pastelarias de Matosinhos. Sugerimos a Dallas ou a Maurícia
17h30 Siga para Leça da Palmeira, faça uma paragem para ver a Piscina das Marés,  obra de Siza Vieira; se estiver aberto, suba o Farol da Boa Nova e termine o dia com uma impressionante vista no Miradouro
19h00 Comece a pensar onde vai jantar. Sugerimos uma refeição na Casa de Chá da Boa Nova

Sugestões de itinerários

Sugestão de itinerário 1 I 16 km
Tempo de percurso I 27 minutos, só o tempo de condução

Uma visita a Matosinhos com foco nos principais valores patrimoniais, freguesias e lugares históricos. Há, a não esquecer, uma passagem pelo mar, que é um elemento sempre presente e impossível de ignorar.

 

Sugestão de itinerário 2 I 56 km
Tempo de percurso I 48 minutos, só o tempo de condução

Um itinerário à beira-mar para fazer, de preferência, sob o sol do verão e com temperaturas que puxem pela manga curta. Termine com um jantar no regresso a Matosinhos, com um peixe fresco à mesa.

Sugestão de itinerário 2 I 45 km
Tempo de percurso I 51 minutos, só o tempo de condução

Um percurso que dá prioridade às paisagens naturais que Matosinhos tem para oferecer – paisagens estas que não só agradam a vista, como o próprio estômago ao parar para uma refeição fresca e cheia de autenticidade. 
 

 

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