Penafiel
- Igreja de S. Martinho, Matriz de Penafiel – igreja renascentista, remodelação da Capela do Espírito Santo, medieval, efetuada no séc. XVI, no estilo manuelino. Tem três naves, separadas por arcadas de arcos de volta perfeita, assentes em colunas jónicas. Tem fachada maneirista rasgada por duas grandes janelas que ladeiam o pórtico, constituído por colunas jónicas. Acimas destas pode ver-se um nicho com uma imagem polícroma de S. Martinho e do mendigo, encimado por uma rosácea
- Pelourinho de Penafiel – pelourinho de Arrifana de Sousa, lugar que foi elevado a vila em 1741 e a cidade, em 1770, com o nome de Penafiel. O pelourinho, é muito simples – uma coluna de granito, sem qualquer decoração, assente em base dupla e, no cimo, uma esfera com um catavento em ferro, com a Cruz de Cristo.
- Túmulo de S. Roque – está localizado no adro da Capela de S. Roque, em Penafiel, É um sarcófago em granito, com tampa de lisa, prismática, sem qualquer decoração. Num dos lados tem uma inscrição que nos diz que nele estava sepultado Frei António da Ressurreição, vítima de uma epidemia que assolou Arrifana de Sousa (antigo nome de Penafiel), no ano de 1577.
- Igreja da Misericórdia – foi construída no séc. XVII, tem uma só nave. No interior há que destacar os altares neoclássicos, o cadeiral barroco e o órgão, que para aqui foi trazido do Mosteiro de Bustelo. Esta igreja foi sofrendo alterações ao longo dos séc. XVII e XVIII, que incidiram somente nas paredes exteriores, que apresentam capelas, nichos e oratórios.
- Janela da Reboleira – janela quinhentista, que se encontra nos jardins da Quinta da Aveleda – ela foi retirada de um edifício, na Rua da Reboleira no Porto, demolida no final do séc. XIX. É uma janela em granito, decorada com motivos vegetais e um belíssimo trabalho de cantaria.
- Museu Municipal de Penafiel – começou a ser organizado como tal no final do séc. XIX e as suas coleções contemplam a arqueologia, a etnografia e a História local. No que toda à arqueologia, a coleção é constituída por vestígios recolhidos na área do concelho, cuja busca teve algum implemento após o 25 de Abril, sobretudo no estudo do Castro Mozinho. A busca etnográfica é constante
Freguesia de Abragão
- Igreja de S. Miguel de Abragão – é constituída por uma só nave, de planta longitudinal, com teto em madeira de masseira. Tem duas capelas laterais e capela-mor abobadada, sacristia e torre sineira, oitocentista na fachada. A Igreja foi fundada no séc. XII e remodelada no séc. XIII e intervenções nos séc. XVII e XVIII – nesta altura foi reconstruída em estilo barroco.
Freguesia de Boelhe
- Igreja de S. Gens de Boelhe – igreja românica, de planta retangular, de uma só nave e capela-mor quadrangular, original pelos capitéis, em forma de cesto, do portal axial e pela decoração com palmetas biseladas, de toda a zona onde assenta o arco, típico do românico rural do Vale do Sousa. A sua fundação é anterior a 1258.
- Casal Romano da Bouça do Ouro – este “casal” é constituído pelas ruínas de dois edifícios de lavoura, romanos, construídos nos socalcos de uma das margens do rio Tâmega, nesta freguesia, no séc. I d.C.
Nos anos 90 do séc. XX o Museu Municipal de Penafiel, e a Faculdade de Letras do Porto reuniram esforços para requalificar os edifícios e os terrenos que, em vez de mato passaram a ter vinha, que rodeia as ruínas dos dois edifícios referidos.
Dos vestígios arqueológicos encontrados verificou-se que os habitantes se dedicavam também à tecelagem e metalurgia. Encontrou-se louça, cerâmica fina, vidro, moedas e artefactos vindos de outras paragens. Todo o espólio se encontra no Museu Municipal. Abaixo, imagens dos dois edifícios.
Freguesia de Bustelo
- Mosteiro de S. Miguel de Bustelo – no lugar de Mosteiro, é um mosteiro beneditino, barroco, importante pelos altares, o cadeiral do coro, em talha e muito decorado. Os edifícios que fazem parte do Mosteiro foram muito alterados por intervenções verificadas nos séc. XVII e XVIII, não restando muito dos fundados em 1065, a não ser alguns elementos existentes no muro contíguo à igreja, que comprovam a existência do antigo templo românico.
- Fonte Armoreada da Casa de Cabanelas – fica no jardim da casa referida
Freguesia de Cabeça Santa
- Igreja de S. Salvador de Cabeça Santa – Igreja românica, com uma só nave, portal com decoração zoomórfica, data de antes de 1258, sendo a sua fundação atribuída a D. Mafalda, filha de D. Sancho I.
Freguesia de Eja
- Igreja de S. Miguel de Entre-os-Rios – Igreja de estilo proto-gótico, de planta longitudinal simples, de uma nave e capela-mor retangulares. O portal principal, com arco ogival, não tem qualquer decoração, o que já não acontece com o portal lateral Norte. Pensa-se que a fundação da igreja seja anterior a 1905, embora pouco reste do edifício inicial. O que existe hoje data do séc. XIV.
Freguesia de Irivo
- Torre de Durigo ou de Coreixas – foi fundada no séc. XIII e era a residência senhorial de Gonçalo de Arões. A torre ameada foi acrescentada no séc. XV, embora se pense que terá sido, nessa altura, a transformação de outra torre existente. É de planta quadrangular, com rés do chão e dois outros pisos, sendo o acesso à torre feito pelo 1º andar, a partir do edifício contíguo.
- Memorial de Ermida – é um monumento funerário do séc. XIII, constituído por uma base retangular e, sobre ela, um arco quebrado, decorado e, no vão do arco, fica a pedra tumular
Freguesia de Luzim
- Menir de Luzim – fica na Tapada de Sequeiros, nesta freguesia
- Mamoa e Gravuras Rupestres ou “Pegadinhas de S. Gonçalo” – conjunto megalítico, junto ao Menir de Luzim. Consta de várias mamoas e afloramento granítico, com gravuras rupestres insculpidas, em forma oblonga, tipo pegada e circular.
Freguesias de Galegos e de Oldrões
- Castro do Monte Mozinho – este povoado castrejo, romano, foi fundado no séc. I d.C. e localiza-se em terrenos das duas freguesias referidas. Tem duas linhas de muralhas e tinha uma extensa área ocupada com habitações, de diferentes tipos de construção, desde a típica da tradição castreja às já complexas habitações romanas, de planta quadrada ou retangular. Na entrada de uma das muralhas, havia duas estátuas de guerreiros galaicos, que hoje estão no Museu Municipal. Também no Museu está todo o espólio encontrado.
Na acrópole, no topo do castro, que era delimitada por muro e praticamente não tinha casas, deveriam ter lugar várias atividades como mercado, assembleias, jogos.
Freguesia de Paço de Sousa
- Igreja do Mosteiro de S. Salvador de Paço de Sousa – antigo mosteiro beneditino, fundado à volta de 994. A igreja foi sagrada nos sécs. XII, XIII e XIV. Podem ver-se ainda alguns elementos pré-românicos na igreja e espalhados pelo claustro, que provam a data da fundação. A igreja é dividida em três naves. Tem claustro barroco e nela se encontra o túmulo de Egas Moniz.
- Torre sineira do Mosteiro de S. Salvador de Paço de Sousa
Freguesia de Peroselo
- Sepulturas rupestres da Quintã – necrópole rupestre, no lugar de Quintã, junto à Capela de Stª Catarina
Freguesia de Pinheiro
- Termas de S. Vicente – o balneário romano foi descoberto, já no séc. XX, quando se faziam obras para construir o complexo termal e o hotel de apoio. À moda da altura – as termas foram inauguradas em 1906, o complexo tem, para além do já referido, uma capela e respetivos anexos, tudo inserido num parque arborizado, de características românticas
Freguesia de Rans
- Honra de Barbosa – fica no lugar de Barbosa. É uma residência senhorial, com planta em U e torre ameada, no meio. Foi fundada no séc. XII por Mem Moniz de Ribadouro. A torre foi reconstruída nos séc. XV e XVI, de planta quadrangular, dois pisos e rematada por merlões manuelinos. No piso de cima da torre existe uma janela encimada por lintel de decoração manuelina. Dessa decoração faz parte um cordão (também elemento manuelino) que rodeia toda a torre, donde ressaltam quatro gárgulas em forma de canhão.
- Capela do Menino Deus – séc. XVII, está localizada no perímetro da Honra
- Antiga Câmara e Cadeia – também no perímetro da Honra
- Pelourinho - também no perímetro da Honra, tem remate em pinha, que simbolizava a sua autonomia e jurisdição própria.
Freguesia de Santa Marta
- Anta da Portela – túmulo pré-histórico conhecido na região por Forno dos Mouros. É uma anta ou dolmen, com câmara coberta e corredor, ao que corresponderia uma mamoa de grandes dimensões.
ALDEIAS PRESERVADAS
- Aldeia de Cabroelo – Freguesia de Capela
De fácil acesso a partir da marginal do Douro, fica enquadrada pela Serra da Boneca e pelo Rio Mau – mantém as construções de granito, as eiras em xisto e os espigueiros em madeira. A população dedica-se, na generalidade, à agricultura. No cimo da aldeia, fica a Capela de S. Mateus, reconstruída em 1872, com um curioso altar de talha barroca.
- Aldeia de Quintandona – Freguesia de Lagares
É uma aldeia típica, de construções de pedra de lousa e xisto, tal como o solo, o que lhe dá beleza singular. Tudo isto rodeado de floresta e terrenos cultivados.
Tem uma capela fundada há 200 anos.
Todos os anos, em Setembro, tem lugar a Festa do Caldo, típica de Quintandona – são servidos os caldos tradicionais e recriadas as décadas de 50 e 60 do séc. XX, quando o caldo era a base da alimentação. Para além dos caldos, são de apreciar:
- presunto e enchidos, cabrito assado, arroz de forno e, para adoçar a boca, o pão podre, as tortas de Penafiel e de S. Martinho, o leite-creme e os bolinhos de amor…
Estando na aldeia, não deixar de percorrer o caminho que leva ao Monte da Pegadinha – um ótimo miradouro da região.