Ribeira de Pena
- Igreja do Salvador ou Igreja Matriz - barroca, séc. XVIII, beneficiando das riquezas que eram enviadas do Brasil, por um emigrante, Manuel José de Carvalho que, antes de sair da sua terra, prometeu mandar construir uma igreja, no caso de fazer fortuna. Enriqueceu de facto e, em 1759 manda carta em que se compromete em financiar a construção da igreja à exceção do “carreto das pedras”- foi destruída a antiga capela do Salvador, para aproveitamento das pedras. Foi nesta nova igreja que casou Camilo Castelo Branco.
- Ponte de Arame - é uma ponte constituída por cabos de arame entrelaçados, com um estrado de madeira, e que serve para atravessar o Tâmega.
- Casa Temporã – a que foi dada por D. Nuno Álvares Pereira à sua filha, em dote, quando desposou o filho bastardo de D. João I
- Coreto de Ribeira de Pena
- Casa do Barroso – no lugar de Bragadas – esta casa tem uma arquitetura curiosa, dentro da rural do séc. XVIII. Ela tem, num canto pouco visível, um belo portal em granito, brasonado e, virada a sudoeste, uma fachada com cantaria fina à volta de uma pedra de armas de grande dimensão colocada ao cimo de uma escadaria incompleta. Não se sabe por que razão as obras não foram concluídas. Camilo Castelo Branco, que por ali passava, escreveu um conto, sobre a casa, denominado “História de uma Porta” e, a sua versão, imaginária, foi adotada como “verdade”. O brasão pertenceu, por carta régia de 1756 a Domingos Francisco Pena de Carvalho
- Museu de Venda Nova – como já dito, era neste lugar de Venda Nova que estava sediado o concelho de Ribeira de Pena. As convulsões políticas fizeram com que a sede se deslocasse para o lugar do Rosário, junto à Igreja Matriz, a partir de onde se desenvolveu a vila de Ribeira de Pena. O edifício que albergava os Paços do Concelho, em Venda Nova, foi convertido no Museu de Venda Nova, com um Centro de Interpretação do Ecomuseu, a partir do qual podem ser conhecidos a história, a arte, as tradições, o folclore, tudo o que constitui a identidade local quer do território, quer das pessoas.
- Eira de Lamelas – trata-se de um rochedo de grandes dimensões, praticamente plano, no pinhal de Lamelas, todo coberto de símbolos, gravuras rupestres compostas por cruzes, formas geométricas, linhas, covinhas, que terão sido gravadas desde o Neolítico, há 5000 anos. Fica a cerca de 100m do Parque de Lazer de Lamelas, perto de Ribeira de Pena.
- Necrópole da Póvoa – é um conjunto de sepulturas cavadas na rocha que terá tido origem num povoado pré-histórico e que fica perto da aldeia de Póvoas
LUGAR DE FRIÚME – onde viveu Camilo Castelo Branco e onde fica a - Casa de Camilo Castelo Branco – Camilo Castelo Branco, que retratou os locais e as gentes de Ribeira de Pena, tinha cerca de 15 anos quando chegou a este concelho, vindo de Vilarinho de Samardã, sua terra natal , no concelho de Vila Real. Foi viver com uma prima, Maria do Loreto, casada com um lavrador de Friúme e aí foi instruído, em muitos aspetos da vida local – caçou, pescou mas também teve lições com o Padre Manuel da Lixa, na Granja Velha tendo chegado a ser amanuense do tabelião. Casou na Igreja do Salvador, em Ribeira de Pena e, aproveitando a disputa com um morgado que tinha ridicularizado “em versos”, saiu de Ribeira de Pena. Foi, assim, para outras paragens mas a sua produção literária, retratou os sítios e as gentes do concelho, enquanto lá viveu e mesmo posteriormente.
Friúme teve, nesta altura, alguma importância por via da sua localização na estrada que ligava Vila Real ao Porto e a Guimarães – por ali passava todo o comércio, todas as mercadorias e a terra funcionava como um entreposto, tendo-se desenvolvido bastante, dispondo mesmo de boticário, tabelião e ainda uma loja de certa importância, pertencente a um comerciante do Porto que para ali tinha fugido com a família, por causa do cerco do Porto e das lutas entre liberais e absolutistas. Foi nesta localidade que Camilo viveu cerca de dois anos. Foi aqui que conheceu a sua mulher, D. Joaquina, que desposou aos 16 anos (ela tinha 14) por várias ordens de razões, uma das quais seria poder tomar posse da herança do pai.
Hoje, Friúme não tem a importância que tinha naquele tempo, conserva, no entanto, para poder ser visitada, a casa onde Camilo viveu com a esposa.
Freguesia de Alvadia
- Ponte de Rolos, sobre o rio Póio – tem, junto à ponte, uma praia fluvial de águas límpidas, que atrai muitos visitantes. Nas imediações da ponte, podem ver-se as rochas esburacadas pelas águas do rio. No mesmo rio funcionavam moinhos.
- Pedra de Anta ou Anta de Alvadia – é um menir com 4,30 m de altura que, presentemente se encontra deitada.
- Pedra de Favais - é uma escultura que mostra três anjos – um a tocar e os outros a ouvir a música. Está frente à Capela de Stª Luzia. Outrora estava lá dentro, mas um padre mandou levá-la para Alvadia. O povo de Favais foi busca-la e deixou-a naquele local para que pudesse estar mais facilmente vigiada.
- Igreja Paroquial de Alvadia
- Capela de Nª Srª dos Remédios
- Capela de Stª Luzia
Freguesia de Canedo
- Igreja Matriz – tem elementos góticos. Faz um belo conjunto com os edifícios que a rodeiam pelo que se conclui que terá sido, na altura da fundação, um convento beneditino.
- Castro do Lesenho – fica na zona mais elevada da freguesia de Canedo. Parte do Castro pertence ao concelho de Boticas. É um povoado de grandes dimensões que tem ainda vestígios das cinco linhas de muralhas que tinha. Duas rodeavam-nos por completo. Ainda foi ocupado durante a Idade do Cobre, teve certa importância durante a Idade do Ferro e existia ainda durante a ocupação romana.
- Capela de Nª Srª de Fátima
- Capelas de Fonteios, de S. João, de Stª Bárbara, de Stª Ana, de Stº Amaro, de Nª Srª da Livração
- Cruzeiros e Alminhas
- Calvário
- Ponte Manuelina
- Relógio de Sol
- Casa da Ponte e Casa dos Paulos
Freguesia de Cerva e Limões
- Pelourinho de Cerva – MN
- Igreja Matriz de Cerva, cujo orago é S. Pedro
- Ponte Românica de Alvite
- Ponte românica de Louredo
- Moinhos do Bustelo – ao longo do rio Louredo
- Castro de Cabriz – fica perto do rio Póio, no sítio onde termina a descida do Alvão. O povoado terá sido ocupado durante a idade do cobre, tendo-se a ocupação prolongado até à época romana.
- Casas Brasonadas
- Igreja de S. João Batista, de Limões
- Cruzeiro
- Relógio de Sol
- Capela de Tojais
- Museu do Linho – fica em Limões, na sede do Grupo de Tecelagem de Limões e tem como objetivo preservar, promover e dinamizar as tradições, o conhecimento do trabalho artesanal do linho e, se possível, valorizar esta arte do tratamento e manufatura de artigos de linho. Aos visitantes é dado a conhecer, não só a planta, como o seu desenvolvimento, tratamento, até obter o fio que, depois é tecido com a mestria que pode ser verificada “in loco”
Freguesia de Stª Marinha
- Solar de Stª Marinha – fica na sede da freguesia, ao lado da Igreja Matriz. É umas Mansão que foi edificada na 1ª metade do séc. XVI, tendo sofrido várias reconstruções ao longo dos séculos, nomeadamente no séc. XIX, em que o 1º Barão de Ribeira de Pena mandou reedificar a ala norte e construir uma bela e enorme cozinha.
Ao contrário da maioria das casas solarengas, o brasão está na fachada lateral sul. Tem valioso espólio histórico-literário de que fazem parte documentos que comprovam a história e genealogia de famílias mais importantes do norte e nordeste de Portugal. Frente ao palácio, onde era outrora o picadeiro, está um fabuloso jardim de camélias. Hoje o solar pertence à família de Francisco Botelho, que muito escreveu sobre o concelho.
- Capela de Nª Srª da Conceição – no lugar de Granja Velha, data do séc. XVIII, em estilo barroco rural, foi também uma emigrante no Brasil que financiou a construção. Numa das fachadas tem a pedra de armas do benemérito e, um acesso lateral do exterior ao coro, em granito. Dentro, tem belo altar em talha dourada, com belíssimo sacrário e uma imagem de Nª Srª da Conceição, obra prima do barroco. No teto do altar mor vê-se uma bela pintura “ingénua” que se pensa ser do séc. XIX e que é digna de nota.
- Capela de Nª Srª da Guia – no miradouro da Fonte do Mouro, numa das encostas da Serra do Alvão, sobre o vale do Tâmega. Foi construída na primeira metade do séc. XVIII, por “devoção e voto” dos senhores da Casa de Stª Marinha e da Casa do Mato. É barroca, com o cunho rural, tendo um portal encimado por um nicho com a imagem da Srª da Guia. Tem, na fachada um pormenor que a liga ao seu construtor, que era galego e que colocou uma concha em granito, no topo da fachada, como em Santiago de Compostela – no interior pode ver-se talha policromada, com alguns apontamentos de dourado, o altar restaurado há pouco tempo e o teto em granito, com caixotões sem qualquer imagem.
- Igreja Matriz de Stª Marinha – data do séc. XVII. Tem, no interior o túmulo com brasão dos Pacheco de Andrade. Na parede sul tem um arco que se supõe ser um resto de uma pedra tumular, com inscrição gótica e uma ara com inscrição romana dedicada a Júpiter.