A Polícia de Segurança Pública (PSP) registou em fevereiro mais de 4000 condutores em excesso de velocidade, um aumento de 88% face ao mesmo mês do ano passado.
Os dados relativos ao mês transato ainda são provisórios, mas permitem concluir, para já, que existiu um aumento elevado em relação ao excesso de velocidade.
Foram registados mais 1592 condutores em excesso de velocidade, números que “merecem especial atenção na totalidade das contraordenações rodoviárias registadas e constitui um dos principais fatores da sinistralidade rodoviária”.
As contraordenações por excesso de velocidade representam 18% do total de infrações (23 146). Em média, foram registadas cerca de 827 infrações por dia, um aumento de cerca de 85% quando comparado com o mês de fevereiro do ano passado.
Olhando para os números do mês passado, a PSP apontou mais um aumento relevante, que está relacionado com o uso de telemóvel.
Foram registadas 580 infrações — mais 300 do que no período homólogo de 2024. Por dia, foram apanhadas mais de 20 pessoas a utilizar o telemóvel enquanto conduziam.
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Também as detenções feitas pela PSP aumentaram em fevereiro, quando comparadas com o mesmo mês do ano passado - em fevereiro de 2025 foram detidas 789 pessoas e em fevereiro de 2024 foram detidas 357, o que se traduz num aumento de mais do dobro.
A maioria das detenções (464) aconteceu por condução sob o efeito do álcool e 325 foram motivadas pela condução sem carta.
Em relação à condução sob o efeito de álcool, a PSP fez 19 493 testes de alcoolemia, que resultaram em 461 autos de contraordenação.
Ao contrário da tendência de aumento relacionado com as contraordenações, o número de acidentes rodoviários diminuiu em comparação com o ano passado.
Em fevereiro de 2024, foram registados 4225 acidentes e no mês passado foram registados 4093. O número de feridos graves aumentou ligeiramente — de 47 para 54 — e o número de mortos também — de sete para oito.
A PSP esclareceu ainda que os acidentes com mota “têm vindo a merecer a atenção” da polícia, uma vez que estes condutores “acabam por sofrer lesões mais graves”.
Dos oito mortos registados, três vítimas eram condutores de motas, três de carros e dois eram peões e morreram por atropelamento.
Ainda que os dados sejam provisórios, a PSP considerou que já é possível afirmar que “o fator humano é reconhecido como a condição mais relevante para a ocorrência da maioria dos acidentes, seja por infração e/ou desrespeito pelas regras e sinais de trânsito, seja perante um acontecimento inesperado”.