Microcarros ganham terreno

| Revista ACP

Pequenos, ágeis e sem carta de condução, os quadriciclos estão a crescer no mercado automóvel.

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Estes veículos pequenos transportam um condutor e um passageiro, medem menos de três metros. Uma tendência que encontra por toda a europa, normalmente. Necessita de licença obrigatória e só pode ser tirada com mais de 16 anos. Estes carros estão cada vez mais na moda e os números de venda confirmam-se em Portugal. Os valores começam nos sete mil euros.

Estivemos ao volante do Mazda MX-5. Esta versão RF do MX-5 parece reunir o melhor de dois mundos, a experiência única que é passear com um descapotável e o conforto de um coupé quando decidimos fechar o tejadilho. É fácil de utilizar porque todo o processo é elétrico e só necessitamos de pressionar um botão pelo que não existem alavancas manuais. Se por um lado perde a essência purista de um modelo desportivo leve, por outro consegue abranger um novo tipo de público que procura um descapotável mais refinado que a versão tradicional de lona.

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Quanto ao motor, esta versão ensaiada apresenta o bloco de 1.5 litros a gasolina que produz 132 cavalos e 152 Nm, a aceleração dos 0 aos 100 km/h está na casa dos 8 segundos e a velocidade máxima ronda os 200 km/h. Números pouco entusiasmantes, no entanto uma vez que o modelo pesa pouco mais de uma tonelada, utiliza pneus 195/50 R16 e uma caixa de velocidades manual de seis relações com um curso curto, tudo se torna mais animado. Em Portugal o MX-5 RF começa nos 35 mil euros mais dois mil euros que a versão tradicional, é desportivo de tração traseira mais barato do mercado.

Os Hotchkiss foram construídos entre 1903 e 1955, em Portugal ainda circulam e são restaurados de forma exemplar. Uma garagem pequena que reconstrói estes modelos. Apesar de atualmente existirem aproximadamente 600 exemplares a circular espalhados pelo mundo Portugal teve representação oficial na altura em que fabricava automóveis e por isso podemos encontrar, em ocasiões especiais, alguns exemplares espalhados pelo país.

A fechar, fizemo-nos à estrada entre Vila Real de Sto António e Serpa. A foz do rio Guadiana divide o extremo sudeste português do extremo sudoeste espanhol e é neste canto que surge Vila Real de Santo António, o início desta viagem que terminou em Serpa, nas longas retas do interior alentejano seguem as margens do Rio Guadiana. Em Vila Real de Santo António somos surpreendidos pela arquitetura dos edifícios de estilo pombalino uma vez que foi o próprio Marques de Pombal quem criou esta cidade do extremo Algarvio. Podemos também visitar o Revelim de Santo António em Castro Marim seguindo a N122.

Até chegarmos a Odeleite somos presenteados pelas longas e belas retas alentejanas onde o Citroën C5 X entrega todo o conforto típico da marca francesa. Depois de observar a barragem de Odeleite no miradouro da aldeia seguiram-se vários quilómetros até Mértola. É possível ainda seguir o traçado do antigo caminho de ferro de 15 km até ao Pomarão onde encontramos o porto flúvio-marítimo no rio Guadiana e várias estruturas de ferro abandonadas, verdadeiros dinossauros de metal esquecidos no tempo. A viagem terminou em Serpa dentro das muralhas, um município com várias atrações turísticas como a Igreja Matriz de Serpa, o caricato Museu do Relógio ou o Mosteiro Hospital de São Paulo.

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