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Parisienses querem fim das trotinetes de aluguer na cidade

| Revista ACP

Foram quase 90 por cento os habitantes de Paris que referendaram contra as trotinetes na capital francesa.

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Depois de ter sido uma das cidades pioneiras a acolher as trotinetes elétricas de aluguer em 2018, quatro anos depois o cenário inverte-se com cerca de 90% dos parisienses a votarem contra aquele meio de transporte em referendo realizado no dia 2 de abril. O incumprimento pelas regras mais básicas de segurança rodoviária e a presença massiva e desordenada das trotinetes pela cidade estiveram entre as principais razões para banir estes veículos de duas rodas.

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"Estamos felizes. É contra isso que lutamos há mais de quatro anos", disse Arnaud Kielbasa, co-fundador da instituição de caridade Apacauvi, que representa vítimas de acidentes com trotinetes elétricos. "Todos os parisienses dizem que ficam nervosos nos passeios, nervosos quando atravessam as ruas. É preciso ter cuidado com elas em todos os lugares", disse à AFP Kielbasa, cuja esposa e filha foram atropeladas por uma trotinete.

Já os operadores dizem que estão a ser injustamente apontados como responsáveis pela natureza muitas vezes caótica das ruas de Paris, onde a autarca Anne Hidalgo defende o uso de bicicletas e outras formas de transporte não poluentes desde que chegou ao poder em 2014. "Estou comprometida em respeitar a escolha dos eleitores, pura e simplesmente", disse Hidalgo aos repórteres enquanto votava neste domingo. E a escolha dos parisienses ficou claramente demonstrada pela massiva vontade em acabar com as trotinetes de aluguer na Cidade Luz.

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