À medida que a procura por automóveis elétricos “teima” em não ir ao encontro das expectativas (e até das metas) dos decisores políticos, vários construtores têm revisto os seus planos de eletrificação.
Um deles foi a Porsche, que revelou recentemente que se prepara para lançar diversos modelos a combustão e híbridos plug-in, precisamente para fazer face à pouca procura por modelos elétricos, mas também ao abrandamento da procura no mercado chinês.
Esta mudança drástica de planos tem efeitos claros nas finanças da marca alemã. A 7 de fevereiro, a Porsche AG alertou que o custo dos novos modelos e despesas relacionadas às baterias iriam refletir-se nos lucros obtidos em 2025 e viu as suas ações caírem 7%.
Newsletter Revista
Receba as novidades do mundo automóvel e do universo ACP.
Já na quinta-feira, 6 de fevereiro, a marca de Estugarda avisou os acionistas que o investimento necessário para lançar novos modelos a combustão e híbridos plug-in teria um reflexo negativo nos lucros.
Por isso mesmo, a Porsche AG reviu em baixa as previsões das margens de lucro para este ano. Em vez dos 17 a 19% estabelecidos como meta intermédia, ou até dos 14,8% esperados pelos analistas, a marca alemã aponta apenas para 10 a 12% de margem de lucro em 2025.
Na prática, a Porsche prevê uma quebra de 800 milhões de euros nos lucros, tudo por causa da necessidade de lançar novos modelos a combustão interna.