A partir do final de 2025 as emissões médias das vendas de automóveis novos terão de descer de 115,1 g/km para apenas 93,6 g/km (ciclo WLTP).
O incumprimento terá pesadas consequências, com os construtores a incorrerem numa multa de 95 euros por carro e por grama acima do estipulado.
Individualmente o valor não parece elevado, mas quando observamos o panorama do mercado europeu depressa concluímos que estas multas poderão ascender a largos milhares de milhões de euros.
É precisamente para evitar pagar estas pesadas multas que a Stellantis traçou um plano que passa pela redução da produção de modelos com motor de combustão.
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No Salão de Paris o diretor de operações (COO) do grupo, Jean-Philippe Imparato, alertou que a Stellantis precisava de duplicar a quota de elétricos para 24% das vendas totais, para alcançar as metas de emissões.
Porém, a procura de elétricos não cresce de acordo com as expectativas. Por isso a Stellantis vai cortar na produção de carros com motores de combustão para cumprir as metas de emissões e evitar multas e Jean-Philippe Imparato admite até que estes cortes comecem já a 1 de novembro.
A juntar a estes cortes na produção, a Stellantis vai também tentar incentivar a venda de elétricos. Para tal vai oferecer incentivos aos concessionários, ajustar o preço dos automóveis a combustão e adaptar os objetivos de vendas a cada mercado (apostando naqueles nos quais as quotas de elétricos são maiores).
Recorde-se que já Luca de Meo, diretor-executivo do Grupo Renault e presidente da ACEA, havia alertado que estas metas poderão levar a indústria automóvel a pagar 15 mil milhões de euros em multas.