Preto, cinzento e branco. Estas três cores neutras dominam o mercado automóvel nacional. Neste episódio do podcast ACP, Sara Bravo, Diretora de Comunicação da Abarth, Alfa Romeo, Fiat, Jeep e Opel, e Teresa Lameiras, Diretora de Comunicação do Grupo SIVA ajudam a «decifrar» as razões desta preferência.
A diretora de comunicação da SIVA começa por ressalvar que esta «preferência» é sinal o peso do mercado de frotas no mercado nacional, recordando que o perfil das empresas também se reflete na escolha da cor dos automóveis.
Já Sara Bravo refere que no caso da Fiat as cores mais «vivas» já dominavam as preferências do público, algo que, indiretamente, vem justificar a aposta da marca em deixar de oferecer os seus modelos pintados de cinzento.
A propósito da escolha das cores dos automóveis, a diretora de comunicação de marcas como a Abarth, a Alfa Romeo, a Fiat, a Jeep e a Opel relembra que a gama influencia a escolha das cores, com as propostas citadinas ou desportivas a serem comercializadas, por norma, com cores como o laranja ou o vermelho.
Teresa Lameiras partilha da mesma opinião, e recorda ainda que cada marca usa as cores para reafirmar o seu posicionamento no mercado. A diretora de comunicação da SIVA dá a Skoda e a aposta em cores como o verde ou o azul para refletir a aposta na sustentabilidade como um exemplo desta estratégia.
Reconhecendo que os portugueses até mostram preferência pelas cores mais vivas antes do momento da compra, Teresa Lameiras lamenta que na «hora H», estes optem por cores neutras e mais convencionais. Aliás, para a executiva da SIVA até a escolha da cor branca, que se tem tornado dominante nos últimos anos, foi uma «conquista» para o mercado.
Em relação às escolhas de acordo com o género, ambas reconhecem que o público feminino tem uma maior apetência pelas cores vivas. Já em relação à influência da cor do automóvel no valor de retoma, tanto Sara Bravo como Teresa Lameiras reconhecem que esta pode influenciar, mas não como talvez se possa pensar.
Segundo a responsável pela comunicação das marcas italianas do grupo Stellantis em Portugal, as cores das versões especiais de lançamento funcionam muitas vezes como um fator de valorização na hora de revender um automóvel.
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Teresa Lameiras recorda ainda que muitas vezes os clientes optam por investir em equipamento em detrimento de cores diferentes. Esta ideia é reforçada por Sara Bravo que refere que os portugueses têm preferência pelas cores oferecidas de série pelas marcas.
Por fim, Sara Bravo aponta ainda outra justificação para a escolha de cores neutras: o tempo de espera para a entrega do automóvel. Segundo a executiva da Stellantis, por norma os concessionários têm disponíveis com maior brevidade modelos com cores como o cinzento ou o preto pois estes têm maior procura, o que faz com que o tempo de espera por um modelo nestas cores seja consideravelmente mais curto.
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