Com uma vida inteira dedicada ao golfe, o Presidente da Federação Portuguesa de Golfe, Miguel Franco de Sousa, é o convidado de mais um podcast do ACP Golfe.
Na presidencia da Federação desde 2016, começa por nos contar como começou a paixão pela modalidade. Segundo Miguel Franco de Sousa, tudo teve início em 1984, quando o campo de golfe da Quinta da Marinha foi inaugurado.
Habituado a ali passar férias, foi uma questão de tempo até experimentar a modalidade com alguns amigos e admite que “foi uma paixão à primeira vista”.
Deixando o seu papel como golfista para trás, Miguel Franco de Sousa explica que entre 2016 e 2023 houve um aumento de 25% do número de federados, o que se tem traduzido também numa maior intensidade da atividade da federação.
Como nos conta, atualmente a Federação Portuguesa de Golfe tem um campo de golfe de nove buracos com campo de treino e uma academia com 120 alunos abaixo dos 18 anos. Tudo isto traduz-se numa “atividade desportiva muito, muito intensa. São mais de 120 competições por ano organizadas pela federação”.
Reconhecendo que Portugal é um país “magnífico para jogar golfe”, o presidente da federação recorda que “temos mais de 300 mil turistas que nos visitam todos os anos para jogar. É uma modalidade que representa cerca de 2 mil milhões de euros em receitas diretas e indiretas para o país”.
Tendo isto em conta, Miguel Franco de Sousa ressalva a importância dos clubes no desenvolvimento da modalidade, assumindo que no futuro gostaria de ver a federação desempenhar um papel maioritariamente de dinamizadora da modalidade.
Em contraste com o trabalho do ACP Golfe — ao qual Miguel Franco de Sousa reconhece um importante papel na criação de quadros competitivos alargados, competitivos, intensos, divertidos, animados e diversificados —, o presidente da federação «aponta o dedo» a clubes “que têm uma dimensão excecionalmente reduzida e que a sua preocupação não passa minimamente por aquilo que é o fomento e o desenvolvimento de modalidade, o trazer novos jogadores, o promover a modalidade”.
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Apesar de reconhecer que o golfe continua a ser um desporto algo elitista, Miguel Franco de Sousa afirma que é preciso afastar algumas ideias pré-concebidas que as pessoas ainda têm acerca da modalidade e, acima de tudo, levá-las a experimentá-la.
Por fim, e com a Federação prestes a comemorar 75 anos, a modalidade está, segundo o presidente Miguel Franco de Sousa, numa boa fase no nosso país.
Já no que diz respeito às críticas de que a modalidade leva a um consumo elevado de água, reconhece que existe escassez, mas recorda o esforço da indústria do golfe em reduzir o consumo de água bem como o seu «peso» na economia, por exemplo, da região do Algarve.