Oito países da União Europeia, incluindo França e Itália, apelaram ao fim da norma Euro 7, que define os novos limites de emissão de gases de escape a partir de 2035, afirmando que são demasiado ambiciosos e irrealistas para os fabricantes de automóveis.
Os países signatários de uma declaração conjunta explicaram que os limites de gases poluentes como os óxidos de azoto e monóxido de carbono são mais rigorosos e o investimento financeiro necessário para atingir essa meta será muito elevado. Um investimento que na sua opinião deve ser guardado para o objetivo principal de acabar com os motores a combustão até 2035.
Nesse documento conjunto, enviado aos outros membros da UE, os oito países afirmam que as partes da norma Euro 7 que abrangem as restrições às emissões devem ser totalmente eliminadas.
"Opomo-nos a quaisquer novas regras de emissão de gases de escape (incluindo novos requisitos de ensaio ou novos limites de emissão) para automóveis e carrinhas", afirmam os países no documento, que foi assinado pela França, Itália, República Checa, Bulgária, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia.
Newsletter Revista
Receba as novidades do mundo automóvel e do universo ACP.
O documento é visto pelos analistas como um sinal de que os países da UE atingiram a saturação regulamentar em matéria de regras ambientais, na sequência de uma série de leis destinadas a atingir neutralidade climática até 2050.
O regulamento Euro 7 procura tornar mais rigorosas as regras relativas a outros poluentes para além do CO2, como o monóxido de carbono e os óxidos de azoto. As regras visam igualmente combater as partículas provenientes dos travões e dos pneus.
A luta contra os motores a combustão tem sido particularmente difícil. As regras da UE para proibir efetivamente o motor de combustão nos automóveis novos a partir de 2035 foram adiadas durante semanas após uma pressão de última hora da Alemanha para garantir licenças de emissão para os e-fuels, o que foi conseguido.