A comunicação não é só digital

| Revista ACP

São muitos os desafios de hoje face aos investimentos num mundo em mudança, com a preocupação constante de que sejam eficazes.Faz de conta

TERESA LAMEIRAS

A TV continua a ser o meio incontornável, com um consumo diferente (vista pelos que dizem que sim e por muitos outros que nos dizem nas conversas de café, que não). Os resultados das campanhas são evidentes, quando têm ou não TV. No entanto o consumo de Televisão mudou muito, a busca de conteúdos é clara e aqui há, no meu entender, uma margem de progressão interessante e importante para anunciantes e estações.

A rádio tem tido um desempenho interessante – saiu dos estúdios e está junto do seu público, com o qual interage usando o digital (as redes sociais), vai até ao palco (rádio comercial e concertos com a Equipa), tem projectos solidários muito activos, cria canções e movimenta toda uma “tribo” de seguidores e fãs. É uma ferramenta de comunicação que nos ajuda a entrar no detalhe, a falar ”directamente“ com o nosso alvo.

O digital é sem duvida o meio mais desafiante, que apresenta um maior crescimento e com um impacto importante nos resultados. Impactado pela TV, outdoor ou rádio, diria que todos vão à net para saber mais.

É aqui que está a grande mudança, sobretudo nos clientes mais jovens, nos mais informados que se apoiam no digital na busca de notícias, detalhes, informação. É um canal muito importante e desafiante para todos nós, com as soluções múltiplas e actuais, como por exemplo a compra programática. Conseguimos impactar a pessoa certa, com o conteúdo correcto – e assim a publicidade funciona!

E temos a Imprensa que deixou de ser só o “papel”, que se reinventa e que considero ser o meio com necessidade de maior (r)evolução. A fórmula ainda estará em construção, mas urge criar um equilíbrio entre esta oportunidade de ler mais, saber mais e torná-la diferenciadora através de conteúdos imediatos do digital. Alguém me disse um dia que o papel tem sempre mais, mais histórias, mais informação. Não creio e acho que pode ser até uma questão geracional. Eu gosto do papel os meus filhos, por exemplo, lêem mas na net. Daí a aposta nos meios de imprensa no digital, combinando recursos para garantirem mais informação, no momento. Naturalmente que a questão dos conteúdos pagos é difícil de resolver e o valor dos investimentos no digital poderão não ser os suficientes para manter a qualidade do produto Imprensa, com tudo o que isso traz de consequências não só financeiras, mas também (decorrente destas) ao nível da qualidade do produto jornalístico.

Concluindo, vivemos uma fase de grandes mudanças e esse é um desafio muito interessante para todos nós que decidimos investimentos, num mundo em permanente mudança, com alvos exigentes, que têm acesso a informações múltiplas e querem respostas imediatas.

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