Depois de em março ter sofrido paragens pontuais na produção devido à escassez de componentes, a Autoeuropa prepara-se para voltar a parar devido à falta de peças.
Num comunicado enviado aos trabalhadores, a administração da fábrica de Palmela explica que “na origem do problema está a falta de peças produzidas por um fornecedor na Eslovénia e que são essenciais à construção de motores”.
Segundo o Grupo Volkswagen, este fornecedor esloveno foi "severamente afetado pelas cheias que aconteceram no início de agosto", estando o construtor alemão não só a oferecer apoio técnico a este fornecedor como à procura de “alternativas junto de outros fornecedores para voltar a normalizar a produção nas fábricas afetadas com a maior brevidade possível".
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De acordo com a administração da Autoeuropa, a produção vai parar na primeira quinzena de setembro, não havendo ainda uma data prevista para o recomeço da produção. No comunicado em que dá conta da paragem de produção, a Autoeuropa admite ainda que o "cenário poderá alterar-se consoante o fluxo da cadeia de abastecimento".
Em declarações à TSF, Rogério Nogueira, coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, admitiu que "uma paragem de produção é sempre um motivo de grande preocupação para os trabalhadores”, mas ressalvou que ainda é preciso conhecer a dimensão “exata da paragem que vai acontecer"
Ainda sobre esta paragem, Rogério Nogueira recordou que o primeiro mecanismo a ser usado para evitar perdas de rendimento por parte dos trabalhadores são os downdays, ou seja, dias previstos de não produção nos quais os funcionários ficam em casa sem perder rendimentos.