As exportações de componentes para automóveis atingiram os 12.433 milhões de euros no acumulado do ano de 2023, registando uma subida de 13,7% face a 2022. De acordo com os dados recolhidos pela AFIA - Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, o valor anual das exportações de componentes automóveis volta a ultrapassar os 10 mil milhões de euros e atinge valores recordistas pelo segundo ano consecutivo.
Focando apenas os valores do mês de dezembro e comparando-os com os do ano anterior, as exportações de componentes automóveis tiveram uma descida de 2,8%, tendo atingido 735 milhões de euros. Esta queda, fruto da diminuição do consumo e dos conflitos geopolíticos, vem contrariar a tendência de crescimento que se vinha a registar há 19 meses consecutivos.
No entanto, o balanço de 2023 é bastante positivo, destacando-se que as exportações de componentes automóveis tiveram valores superiores a 1000 milhões de euros durante 8 dos 12 meses do ano.
Também no 4º trimestre de 2023 se registou um aumento, de 7,4%, face ao período de outubro a dezembro de 2022, tendo-se atingido os 3.096 milhões de euros em vendas ao exterior.
Relativamente à quota das exportações de componentes para automóveis em 2023 por região, note-se que a Europa concentra 89,2% das compras realizadas, verificando-se um aumento de 15,7% relativo a 2022. Destaca-se ainda um crescimento de 25,2% das exportações para a África e Médio Oriente que passaram a representar 3,1% das exportações.
Fazendo uma análise por país, Espanha continua a ser o principal destino dos componentes automóveis fabricados em Portugal, representando 27,9% das exportações, seguido pela Alemanha, com 22,6%. França volta a fechar o pódio com 10,4% da quota.
Em relação ao top 15 de mercados clientes de Portugal, conclui-se que há um aumento nas exportações de componentes automóveis portugueses em catorze dos quinze países, continuando os Estados Unidos da América, a ser mais uma vez o único a apresentar uma queda, de 12,3% na variação 22/23.
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Destaca-se o crescimento superior a 40%, da variação relativa a 2022, em três mercados do top 15, sendo eles, por ordem de lugar que ocupam neste top, Suécia no 12º lugar com uma variação de 62,9%, Marrocos, no 13º lugar com um crescimento de 41,5% em relação ano anterior e Áustria, que ocupa o último lugar do top 15 com uma variação relativa de 48,6%.
É de notar que a indústria de componentes automóveis, apesar de enfrentar desafios e cenários que continuam a afetar empresas e fornecedores, quer a nível nacional quer internacional, tem encontrado formas de manter a sua competitividade mostrando-se um setor extremamente resiliente e de elevada adaptabilidade.