A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) pediu à Comissão Europeia uma “resolução construtiva e negociada com os EUA”, para evitar medidas que prejudiquem a competitividade europeia.
O pedido ao executivo comunitário foi feito esta terça-feira durante uma reunião entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e os principais responsáveis dos construtores europeus, incluindo a BMW, a Mercedes-Benz, a Stellantis e a Volkswagen.
Em comunicado, a ACEA refere que a discussão visou o “impacto de longo alcance das tarifas aduaneiras dos EUA sobre as exportações europeias de automóveis, aço e alumínio”.
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“Não só é essencial que os líderes europeus e americanos encontrem urgentemente uma solução para o conflito comercial em curso, como é imperativo que as instituições europeias implementem ativamente o Plano de Ação para o Setor Automóvel, para aumentar a competitividade, reduzir os custos, aliviar a carga regulamentar e reforçar a produção europeia”, afirmou Sigrid de Vries, diretora-Geral da ACEA.
“A atual volatilidade dos mercados mundiais só está a aumentar as barreiras comerciais e os custos para as empresas”, acrescentou, realçando que as novas tarifas “não fazem mais do que aumentar os preços para os consumidores na Europa, nos Estados Unidos e no resto do mundo”.
Segundo a ACEA, a indústria automóvel europeia representa cerca de 67 mil milhões de euros das exportações da UE. A expectativa de que as novas tarifas terão “um custo total estimado de 80 mil milhões de euros” aponta à “necessidade urgente de cooperação transatlântica para evitar uma nova escalada e prejuízos a longo prazo para as economias”.