Governo pode travar aumento dos combustíveis

| Revista ACP

Se aumentos dos preços dos combustíveis se mantiverem, Governo pode vir a usar mecanismo de correção para travar a subida.

Posto de combustível

As previsões do ACP antecipavam os maiores aumentos dos preços dos combustíveis dos últimos anos e chegada uma nova semana o pior cenário confirmou-se.

Face aos aumentos registados e ao receio de que se tornem na “norma”, o primeiro-ministro mostrou-se disponível para travar os aumentos com recurso a um mecanismo de correção, uma solução criticada pela Comissão Europeia, mas já usada no passado.

À margem do evento Maia Capital Portuguesa do Voluntariado, Luís Montenegro começou por ressalvar que “ainda não é tempo” para recorrer a um mecanismo de correção, reforçando que enquanto “os preços forem descendo, alternados com algumas subidas, o Governo vai manter a sua política sobre os combustíveis”.

 

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Segundo o primeiro-ministro, “o Governo pode intervir através de um mecanismo de correção se, nas próximas cinco a dez semanas, o preço registar uma subida permanente”.

Quanto aos métodos usados nessa possível intervenção, Luís Montenegro foi claro: “o Governo vai intervir com um mecanismo de correção, diminuindo o impacto, entre outras coisas, que o IVA tem sobre o preço. Quanto maior for o preço maior é a arrecadação de receita, nessa altura podemos usar o ISP para corrigir essa anomalia”.

Ainda acerca do aumento dos preços dos combustíveis, o primeiro-ministro afirmou estar “preocupado com o efeito do aumento dos combustíveis tem na vida das pessoas, na sua mobilidade, nos orçamentos das famílias e com os efeitos que traz para a economia, porque o aumento do custo do transporte vai-se repercutir no custo final dos produtos”, mas reforçou que “não há razão para alarme”.

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